O governo dos Estados Unidos negou permanente do visto norte-americano para o jornalista colombiano Hollman Morris. Baseado na seção do Ato Patriota dos EUA que trata de “atividades terroristas”, Morris agora está proibido de entrar nos EUA.
Jornalista investigativo reconhecido por oferecer uma visão crítica do conflito armado na Colômbia, Morris foi selecionado para uma bolsa em jornalismo da Fundação Nieman, da Universidade de Harvard, mas não poderá cursar devido ao impasse com a documentação.
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“Ficamos surpresos com a decisão e estamos comprometidos a fazer tudo o que pudermos para trazer Hollman em agosto,” disse Bob Giles, curador da Fundação Nieman.
De acordo com a revista norte-americana The Progressive, um porta-voz do Departamento de Estado americano disse que “os registros de visto são confidenciais”, e não quis comentar o caso.
O Centro de Política Internacional, porém, publicou documentos revelando uma guerra política contra Morris e outras pessoas consideradas oponentes do presidente colombiano Álvaro Uribe, já que o jornalista apresenta uma visão crítica do conflito armado no país em seu programa TV Contravía. Em razão disso, os docuementos afirmam que Morris teria sido vigiado pela inteligência colombiana e teve os telefones grampeados.
O site colombiano Colombia Reports acrescenta ainda que documentos da inteligência colombiana revelados em abril mostram planos de um pedido antecipado de suspensão do visto de Morris, ordens para que o passaporte do jornalista fosse roubado e para que todos seus movimentos fossem seguidos.
Até então, as consequências das críticas do conflito armado feitas pelo jornalista tinham sido ameaças de morte, assédios e agressões, que forçaram Morris a deixar a Colômbia diversas vezes como medida de segurança. Posteriormente, porém, recebeu acusações do próprio governo colombiano, como relata a ONG Human Rights Watch, uma das organizações que premiaram seu trabalho.
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