O Ministério Público do Equador abriu na semana passada um pedido de investigação de crime organizado contra o ex-presidente Rafael Correa, que governou o país de 2007 a 2017. A ação foi divulgada nesta terça-feira (11/09). Além do político, outros sete ex-funcionários da administração correísta e a empresa brasileira Odebrecht foram notificados.
Após o pedido, Correa criticou a medida em sua conta pessoal no Twitter, perguntando se “alguém ainda pode acreditar nessas palhaçadas”. O ex-mandatário, que vive na Bélgica desde que passou o cargo ao atual presidente Lenín Moreno, também disse não conhecer os executivos da empresa e que a denúncia é “maliciosa”.
Entre os acusados, também está o ex-vice-presidente Jorge Glas, que cumpre pena desde o ano passado, quando foi sentenciado a seis anos de prisão por crime de associação criminosa, também relacionado à multinacional brasileira. O advogado de Glas, Eduardo Franco Loor, disse nas redes sociais que a investigação é mais uma “trama” usada pela Justiça como “arma de perseguição política”.
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A denúncia foi apresentada em março pelo ex-parlamentar e procurador César Montúfar, que também exerceu atividade de promotoria particular no caso envolvendo Glas. O promotor disse que a corrupção no governo Correa foi um “esquema organizado” e “institucional” e não um “evento isolado”.
A empresa brasileira é acusada de promover um esquema de corrupção e subornos que girou aproximadamente US$ 788 entre 12 países latino-americanos, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que investiga o caso. A construtura diz cooperar com as autoridades para elucidação dos casos.