México perde 1% do PIB em decorrência do narcotráfico, diz OCDE
México perde 1% do PIB em decorrência do narcotráfico, diz OCDE
O México perde anualmente 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em consequência do tráfico e da insegurança, aponta um estudo divulgado nesta quarta-feira (21/7) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e cálculos de especialistas.
Segundo o documento Perspectivas OCDE: México, políticas-chave para um desenvolvimento sustentável, a existência de um sistema judiciário "pouco confiável" gera "desvantagens competitivas e inibe a realização de atividades empresariais".
O estudo indicou que o Estado de Direito mexicano "piorou na ultima década" em uma série de aspectos, como as ausências de segurança, de liberdade de competição e de confiança, além da corrupção, pontos prejudiciais para os empreendimentos.
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No relatório, a OCDE ainda recomenda ao México que acelere os "esforços para fortalecer o Estado de Direito".
Desde que assumiu o poder, em 2006, Felipe Calderón empreende uma luta militar contra o narcotráfico, que já causou a morte de cerca de 25 mil pessoas, além de custos exorbitantes. Com o aumento da violência e grande insegurança local, o cenário também não é bem visto para potenciais investidores.
Mapa do tráfico
No México, as organizações criminosas se dividem em regiões, cujos domínios são exercidos por grupos que reconfiguram constantemente o território à medida que alteram sua área de influência.
Hoje, a região de maior disputa é o nordeste, nos estados de Nuevo León, Tamaulipas e Coahuila, todos na fronteira com os Estados Unidos. Essa faixa, que forma um grande corredor por todo o litoral do Golfo do México, junto com a Península de Yucatán e a fronteira com a Guatemala e Belize, é uma zona dominada pelo cartel Los Zetas, antigo braço armado do cartel do Golfo.
Ciudad Juárez, no estado de Chihuahua, fronteira com o Texas, é outra zona na qual ocorrem confrontos inflamados nas ruas. Essa área é disputada pelo líder do cartel de Sinaloa, Joaquín Guzmán, conhecido como El Chapo, que fugiu de uma prisão de segurança máxima em 2001, e o cartel de Juárez.
A mudança estrutural e a evolução das organizações criminosas pode ser exemplificada com o atentado da última semana, cometido com um carro-bomba em Ciudad Juárez, que foi meticulosamente planejado, deixando cinco mortos. A ação é vista por analistas como a reorganização da estrutura criminosa, que passou ao chamado narcoterrorismo.
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Com dois meses de ataques israelenses, mais de 18 mil palestinos morrem em Gaza
Autoridades palestinas alertam para estado do sistema de saúde e delegação da ONU visita região para avaliar necessidades humanitárias: 'pior do que as palavras podem expressar', diz representante do Equador
A intensa operação militar israelense na Faixa de Gaza já deixou ao menos 18.205 palestinos mortos e mais de 49.200 feridos, sendo a maioria das vítimas composta de crianças e mulheres inocentes. Estas são as informações dadas pelo Ministério da Saúde palestina nesta segunda-feira (11/12) que, desde 7 de outubro, diariamente monitora o cenário e os reflexos dos incessantes ataques do exército de Israel.
As autoridades locais chegaram a emitir um alerta sobre o terrível estado do sistema de saúde de Gaza, ao informarem que mais de 300 funcionários de equipes médicas foram mortos pelos bombardeios recentemente. Além disso, disseram que os hospitais estão com 276% dos leitos de cuidados intensivos ocupados.
O Médico Sem Fronteiras denunciou, inclusive, a impossibilidade em atender tanta demanda com a limitação de recursos básicos acessíveis nos hospitais: “totalmente colapsado”, afirmou a coordenadora da entidade, Marie-Aure Perreaut.
O balanço foi divulgado no mesmo dia em que as forças de segurança lideradas pelas autoridades de Tel Aviv admitiram ter prendido 18 pessoas na Cisjordânia, na noite anterior, alegando que cinco estariam supostamente afiliadas ao Hamas. As prisões ocorreram no campo de refugiados de Balata, nas cidades de Dura e Tarqumya.

Twitter/State of Palestine - MFA
Em pouco mais de dois meses, Gaza já contabiliza mais de 18 mil mortes pelos ataques israelenses
Com o pedido internacional de cessar-fogo rejeitado na última sexta-feira (08/12) e sem expectativa alguma de que Israel tome alguma iniciativa para descontinuar os ataques, os representantes dos países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) - sem os Estados Unidos - visitaram a fronteira entre Egito e Gaza com o objetivo de verificar “em primeira mão o que é necessário em termos de operações humanitárias".
“A realidade é ainda pior do que o que as palavras podem expressar”, disse o representante do Equador na ONU, José De La Gasca.
Mesmo alvo de condenações por líderes da comunidade internacional, no último domingo (10/12), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mais uma vez reforçou que não há intenção de parar. "É o começo do fim do Hamas. Digo aos terroristas do Hamas: acabou".
Já o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, justificou as operações dizendo que os militares trabalham “de acordo com o direito internacional”, usando, mais uma vez, a tese do “direito de autodefesa” defendida pelos Estados Unidos, o único país que votou pelo veto do pedido de cessar-fogo no último encontro emergencial do Conselho de Segurança da ONU.
(*) Com Ansa