Argentina prorroga prisão preventiva para ex-ditador
Argentina prorroga prisão preventiva para ex-ditador
(atualizada às 16h45)
A Justiça da Argentina confirmou a prorrogação da prisão preventiva do ex-ditador Jorge Rafael Videla pelo sequestro de dois empresários durante a última ditadura militar (1976-1983). Foi negado um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do ex-ditador, informou o Centro de Informação Judicial argentino.
"A avaliação das características dos fatos e das condições pessoais do acusado permitem sustentar que ele tentará esquivar-se da ação da Justiça", disse o tribunal na sentença.
Videla é investigado pelo sequestro e extorsão dos empresários Federico e Miguel Gutheim, pai e filho. Outro acusado no caso é José Alfredo Martínez de Hoz, ministro da Economia argentino entre 1976 e 1981. A Justiça investiga se os Gutheim foram sequestrados entre novembro de 1976 e março de 1977 para serem obrigados a assinar uma operação comercial com Hong Kong que favorecia o regime ditatorial argentino.
O ex-ditador, que tem 84 anos e está com câncer, enfrenta um julgamento junto com outros acusados pelo fuzilamento de 30 presos na província argentina de Córdoba durante a ditadura. Quando o de Córdoba terminar, Videla terá novo julgamento em Santiago del Estero, no norte do país, no caso do assassinato de um estudante em 1976.
Outros réus
Também hoje, morreu em Buenos Aires o general reformado Acdel Edgardo Vilas, acusado de crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura. Ele esteve envolvido em atos de repressão ilegal em vários pontos do país durante o regime e chegou a ser preso e a assumir a responsabilidade na Justiça.
Em outro caso, o ex-ministro da Economia José Alfredo Martínez de Hoz, indiciado pelo sequestro de dois empresários durante a ditadura, foi transferido para a casa depois que a Justiça permitiu que ele cumpra prisão domiciliar.
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Após afastamento, Israel e Turquia normalizam relações diplomáticas
Chanceler turco garante que país não irá 'desistir da causa palestina'
Israel e Turquia anunciaram nesta quarta-feira (17/08) a normalização de suas relações diplomáticas, após anos de afastamento por causa das recorrentes ofensivas israelenses na Faixa de Gaza.
"Decidimos elevar mais uma vez o nível das relações entre os dois países para laços diplomáticos plenos", diz um comunicado do primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, divulgado após um telefonema com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Após o anúncio, o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, garantiu no entanto que o país "não vai desistir da causa palestina".

Wikimedia Commons
Presidente de Israel Isaac Herzog em visita à Turquia
O acordo prevê o retorno de embaixadores e cônsules e, segundo Lapid, é um "componente importante para a estabilidade regional".
As relações diplomáticas chegaram a ser congeladas em 2010, após a morte de 10 ativistas em um ataque de Israel contra um navio turco que tentava furar um bloqueio imposto a Gaza.
Os dois países se reconciliaram em 2016, mas voltaram a se afastar em 2018 e 2019, quando mais de 200 palestinos foram mortos pelas forças israelenses durante protestos na fronteira da Faixa de Gaza.
(*) Com Ansa.