Com 96% das urnas apuradas, Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL) e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), disputarão o segundo turno das eleições presidenciais que ocorrem no próximo dia 28. Segundo o resultado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite deste domingo (07/10), Bolsonaro tem até o momento 46,62% dos votos. Haddad possui 28,5% dos votos.
Está é a sexta decisão em segundo turno das oito eleições que ocorreram desde a redemocratização, em 1985. No entanto, os dois candidatos disputam a presidência pela primeira vez. O resultado também quebra o longo histórico de polarização em eleições presidenciais entre o PSDB e o PT.
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Com 96,42% das urnas apuradas, candidato do PSL soma 46,62% dos votos; Haddad tem 28,5% (Wikicommons)
“Unir os democratas do Brasil”
Após a divulgação dos números, Haddad discursou em São Paulo e propôs “unir os democratas do Brasil” para derrotar Bolsonaro no segundo turno. “Quero dizer a vocês que me sinto desafiado pelos resultados, que são bastante expressivos, no sentido de nos fazer atentar para os riscos que a democracia corre no Brasil. É uma oportunidade inestimável que o povo nos deu e que precisamos aproveitar com responsabilidade e sobriedade”, declarou Haddad.
“Queremos unir os democratas do Brasil, os que têm atenção com os mais pobres nesse país tão desigual. Colocamos a soberania nacional e a soberania popular acima de qualquer outro interesse”, acrescentou Haddad, que disse já ter conversado com Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (Psol).
Terceiro colocado nas eleições presidenciais, Ciro sinalizou apoio a Fernando Haddad apesar de ainda não ter confirmado oficialmente. Segundo o ex-ministro, ele primeiro irá comemorar as vitórias de Camilo Santana na disputa pelo governo do Ceará e de seu irmão, Cid Gomes, eleito senador, e se encontrará com o presidente do partido, Carlos Lupi, para formalizar o apoio.
Urna eletrônica
Já Bolsonaro falou ao vivo pelo Facebook e pediu para que seus apoiadores não se desmobilizem. “Não temos como mudar o destino dessa nação, mas todos vocês que estiveram comigo nesse momento vão ter de continuar mobilizados até o dia 28 de outubro”, afirmou”.
O candidato voltou a colocar em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e disse que problemas no sistema eleitoral impediram a definição de um novo presidente neste domingo.
“Vamos juntos ao TSE exigir soluções para isso que aconteceu agora e não foi pouca coisa”, afirmou o líder de votos, que mencionou supostas fraudes. Algumas delas já foram desmentidas pelo TSE.
(*) Com Ansa