O jornalista saudita Jamal Khashoggi, que está desaparecido há oito dias, após ter entrado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, foi morto e esquartejado por agentes da Arábia Saudita, afirmou nesta quarta-feira (10/10) o jornal The New York Times.
Segundo o periódico norte-americano, que cita uma fonte turca próxima às investigações, a polícia suspeita que agentes da Arábia Saudita tenham assassinado Khashoggi dentro do consulado e sumido com seu corpo.
Khashoggi, que trabalhava para o jornal Washington Post, escrevia textos críticos ao governo saudita e estava exilado em Istambul.
De acordo com o jornal local Hurriyet, os 28 funcionários turcos da sede consular foram dispensados do serviço no dia do desaparecimento, com a desculpa de que aconteceria um “importante encontro diplomático”.
O jornalista foi ao consulado no último dia 2 de outubro, para retirar um certificado de divórcio, o que permitiria que ele se casasse novamente.
De acordo com as autoridades, os restos mortais de Khashoggi teriam sido levados por uma van preta, que pode ser observada em filmagens de câmeras de segurança.
As autoridades turcas também querem inspecionar a residência do cônsul da Arábia Saudita em Istambul, após terem recebido autorização para entrar no próprio consulado.
A noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, fez um apelo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Imploro ao presidente Trump e à primeira-dama Melania que nos ajudem a jogar luz sobre o desaparecimento de Jamal”, disse.
Reprodução
De acordo com as autoridades, os restos mortais de Khashoggi teriam sido levados por uma van preta, que pode ser observada em filmagens