Os grupos Hamas e Jihad Islâmica anunciaram um cessar-fogo com Israel nesta terça-feira (13/11), com o apoio do governo do Egito, alegando que o acordo será cumprido se as forças israelenses também respeitarem a trégua. Com a decisão, os dois suspenderão o lançamento de mísseis contra território israelense.
Até o fechamento deste texto, Israel não havia se pronunciado sobre o anúncio dos grupos palestinos.
Por meio de um comunicado, o oficial do Hamas, Ismail Haniya, disse que o grupo palestino está preparado para voltar ao acordo se as forças israelenses “interromperem sua agressão”.
“Se a ocupação [Israel] parar com sua agressão, um retorno aos acordos de cessar-fogo será possível”. “A resistência respeitará essa declaração enquanto o inimigo sionista a respeitar”.
Essa é a mais grave escalada da tensão entre israelenses e palestinos desde a guerra de 2014, que deixou mais de 2.200 mortos. Do total de 100 foguetes lançados, 20 caíram em zonas habitadas por civis. Em resposta à ofensiva, a Aeronáutica israelense bombardeou cerca de 150 alvos do grupo palestino.
Os confrontos começaram quando uma operação secreta das forças israelenses foi descoberta por membros do Hamas.
O pedido de cessar-fogo dos palestinos teria chegado por quatro mediadores: Catar, Egito, Noruega e por meio de solicitações feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Autoridades palestinas e fontes da agência local Maan confirmaram a morte de ao menos seis palestinos e um civil israelense na Faixa de Gaza. Dos palestinos mortos, quatro seriam militantes do Hamas. Com as novas mortes confirmadas, já são 13 desde a noite do último domingo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Cessar-fogo
A declaração de não-agressão dada pelos grupos palestinos foi feita após uma série de manifestações da ONU e dos governos de Egito e Catar que pediam o fim do conflito na Faixa de Gaza.
Mesmo sem se pronunciar oficialmente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu recentemente que o governo de Doha enviasse US$ 15 milhões a Gaza para o pagamento de salários e combustíveis, por conta do baixo fornecimento de energia elétrica ao local.
A medida pretende apaziguar a fronteira, onde protestos violentos ocorrem desde março.
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