O site WikiLeaks divulgou nesta sexta-feira (16/11) que seu fundador, Julian Assange, está sendo indiciado em um processo nos Estados Unidos.
Segundo o portal, promotores norte-americanos revelaram “acidentalmente” o processo que deveria “permanecer secreto” até a prisão ser efetuada para evitar que Assange “fuja ou evite a prisão ou a extradição”.
O WikiLeaks ainda aponta que a divulgação acidental foi um erro de “copiar e colar” onde a promotora, montando um outro processo, teria incluído partes do processo contra Assange por engano.
A natureza das acusações não ficam claras nos trechos divulgados. Segundo o jornal norte-americano The Washington Post, a promotora responsável, Kellen Dwyer, pediu a um juiz para manter o assunto em segredo “devido sofisticação do acusado e da publicidade ao redor do caso, é improvável que outro procedimento possa manter confidencial o fato de que Assange foi acusado”.
“Os Estados Unidos considerou alternativas menos drásticas do que deixar confidenciar, incluindo, por exemplo, a possibilidade de correções [na sentença] e determinou que nada seria suficiente para proteger a investigação”, diz o documento divulgado pelo WikiLeaks.
Julian Assange é responsável pelo vazamento massivo de informações das agências de inteligência do governo norte-americano em 2010.
O fundador do WikiLeaks vive em asilo diplomático desde 2012, quando se refugiou na embaixada do Equador em Londres para escapar de uma extradição para a Suécia, onde era acusado por suposto caso de abuso sexual.
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Fundador do WikiLeaks vive em asilo diplomático desde 2012