O ministério da Defesa da Argentina declarou neste sábado (17/11) que não possui recursos para resgatar do fundo do mar o submarino ARA San Juan, encontrado na madrugada deste sábado após permanecer um ano desaparecido.
“Não temos meios para resgatar o ARA San Juan. Não tínhamos nem os meios para encontrá-lo. Nem temos equipamentos para extrair uma embarcação com essas características”, afirmou o ministro da Defesa, Oscar Aguad, em coltiva de imprensa.
Segundo Aguad, “as famílias dos 44 heróis e patriotas precisam, e todos nós precisamos, saber o que aconteceu. Vamos fazer o impossível para saber”.
Ainda em coletiva, a Marinha do país informou que a embarcação implodiu e que a hélice está parcialmente submersa e há sucatas dentro de um raio de 70 metros.
De acordo com o comandante da Marinha argentina, José Luis Villan, o submarino se partiu em vários pedaços, o que dificulta a remoção das partes.
Além disso, o militar disse que existem impedimentos legais para remover a embarcação do mar, já que seria necessária a autorização da juíza que investiga o caso.
Segundo a Marinha argentina, a descoberta foi possível graças a um submarino controlado remotamente pelo navio norte-americano. A descoberta foi anunciada dois dias depois da celebração em homenagem aos tripulantes organizada pelos familiares das vítimas no último dia 15 de novembro.
O submarino ARA San Juan partiu da base militar de Ushuaia, no sul da Argentina, em 13 de novembro de 2017, tendo como destino Mar del Plata.
Ele teve sua última comunicação dois dias depois, quando o comandante informou aos seus superiores que a embarcação apresentava princípios de incêndio em um compartimento de baterias.
De acordo com a Armada Argentina, o problema foi resolvido e o submarino pôde seguir viagem até o destino final.
O desaparecimento do ARA San Juan foi alvo de críticas pelos familiares das vítimas, que pressionaram o governo argentino para realizar novas expedições a fim de encontrar o submarino. Recentemente, o chefe do Gabinete argentino, Marcos Peña, revelou que a tripulação realizava não somente manobras de treinamento, mas também espionagem de navios britânicos.
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou neste sábado (17/11) que decretará luto nacional em homenagem aos 44 tripulantes do submarino.
*Com Ansa e teleSur
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Marinha do país informou que a embarcação implodiu e que a hélice está parcialmente submersa