México incorpora 40 mil guardas privados na luta contra o narcotráfico
México incorpora 40 mil guardas privados na luta contra o narcotráfico
O governo do México vai incorporar ao menos 40 mil guardas privados no combate ao narcotráfico, do qual já participam 100 mil militares e policiais federais e estaduais, em confrontos que provocaram ao menos 25 mil mortes desde 2006.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Segurança Privada, Alejandro Desfassiaux, os funcionários "terão coordenação com [o Ministério de] Segurança Pública Federal, com o fim de apoiar a luta contra o crime organizado".
O empresário assinalou que o grupo - que reúne 200 das companhias do setor mais importantes do México, com guardas, escoltas e investigadores próprios - decidiu "colocar-se em cheio" nos confrontos, "oferecendo de entrada seus milhares de elementos".
"Ajudaremos a deter o crime, mas também vamos necessitar do apoio federal, através da inteligência policial, para acabar da raiz com os problemas dos bandos organizados, que operam em diferentes partes do país, sob modus operandi totalmente distintos", acrescentou.
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A decisão do conselho foi tomada depois que o ministro de Segurança Pública, Genaro García Luna, informou que o cartel de Sinaloa, comandado pelo fugitivo Joaquín Guzmán - conhecido como El Chapo - havia sequestrado quatro jornalistas, que já foram soltos, para "obrigar" os meios de comunicação a difundir mensagens "como parte de uma estratégia de propaganda criminal".
Por outro lado, o Exército prendeu 48 agentes e sete ex-agentes das polícias Judicial e Municipal do estado de Baixa Califórnia, noroeste do México, que trabalhavam para o narcotráfico, segundo afirmou o comandante Alfonso Duarte.
Em Guadalajara, centro-oeste do país, os militares apreenderam sete milhões de dólares na casa onde, na quinta-feira, foi morto em um enfrentamento o chefe criminoso Ignacio Coronel, conhecido como Nacho, do cartel de Sinaloa.
Após a militarização do combate ao narcotráfico imposta pelo presidente Felipe Calderón há mais de três anos, o país vive uma intensa onda de violência. Os criminosos "acabaram por ter mais força do que a polícia, mas o mais grave é que parte da polícia passou para o lado da delinquência, deixando contatos dentro do sistema", lamentou Desfassiaux. "Não existem fronteiras entre os bons e os maus", completou ele.
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Com dois meses de ataques israelenses, mais de 18 mil palestinos morrem em Gaza
Autoridades palestinas alertam para estado do sistema de saúde e delegação da ONU visita região para avaliar necessidades humanitárias: 'pior do que as palavras podem expressar', diz representante do Equador
A intensa operação militar israelense na Faixa de Gaza já deixou ao menos 18.205 palestinos mortos e mais de 49.200 feridos, sendo a maioria das vítimas composta de crianças e mulheres inocentes. Estas são as informações dadas pelo Ministério da Saúde palestina nesta segunda-feira (11/12) que, desde 7 de outubro, diariamente monitora o cenário e os reflexos dos incessantes ataques do exército de Israel.
As autoridades locais chegaram a emitir um alerta sobre o terrível estado do sistema de saúde de Gaza, ao informarem que mais de 300 funcionários de equipes médicas foram mortos pelos bombardeios recentemente. Além disso, disseram que os hospitais estão com 276% dos leitos de cuidados intensivos ocupados.
O Médico Sem Fronteiras denunciou, inclusive, a impossibilidade em atender tanta demanda com a limitação de recursos básicos acessíveis nos hospitais: “totalmente colapsado”, afirmou a coordenadora da entidade, Marie-Aure Perreaut.
O balanço foi divulgado no mesmo dia em que as forças de segurança lideradas pelas autoridades de Tel Aviv admitiram ter prendido 18 pessoas na Cisjordânia, na noite anterior, alegando que cinco estariam supostamente afiliadas ao Hamas. As prisões ocorreram no campo de refugiados de Balata, nas cidades de Dura e Tarqumya.

Twitter/State of Palestine - MFA
Em pouco mais de dois meses, Gaza já contabiliza mais de 18 mil mortes pelos ataques israelenses
Com o pedido internacional de cessar-fogo rejeitado na última sexta-feira (08/12) e sem expectativa alguma de que Israel tome alguma iniciativa para descontinuar os ataques, os representantes dos países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) - sem os Estados Unidos - visitaram a fronteira entre Egito e Gaza com o objetivo de verificar “em primeira mão o que é necessário em termos de operações humanitárias".
“A realidade é ainda pior do que o que as palavras podem expressar”, disse o representante do Equador na ONU, José De La Gasca.
Mesmo alvo de condenações por líderes da comunidade internacional, no último domingo (10/12), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mais uma vez reforçou que não há intenção de parar. "É o começo do fim do Hamas. Digo aos terroristas do Hamas: acabou".
Já o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, justificou as operações dizendo que os militares trabalham “de acordo com o direito internacional”, usando, mais uma vez, a tese do “direito de autodefesa” defendida pelos Estados Unidos, o único país que votou pelo veto do pedido de cessar-fogo no último encontro emergencial do Conselho de Segurança da ONU.
(*) Com Ansa