Atualizada às 12:15
O movimento dos “coletes amarelos” foi às ruas da França neste sábado (15/12) marcando o quinto fim de semana consecutivo de protestos no país.
Segundo a agência Rfi, o número de manifestantes que participam desse protesto é menor comprado ao último sábado (08/12). Em Paris foram convocados mais de 8 mil agentes de segurança e ocorrem protestos em 230 cidades francesas.
Ainda de acordo com a agência francesa, partidos e organizações de esquerda se juntaram aos manifestantes deste sábado. O Partido da Esquerda, o Novo Partido Anticapitalista (NPA), o Sindicato Solidários e coletivos civis integram os protestos ao lado dos “coletes amarelos” que se apresenta como movimento desvinculado de partidos políticos e ideologias.
Já foram registrados confrontos com a polícia que usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Na principal avenida de Paris, a Champs Elysées, que se tornou ponto de concentração dos manifestantes, os comércios estão fechados, além de pontos turísticos como o Arco do Triunfo e a Catedral de Notre Dame.
Entretanto, o museus do Louvre e o Centro Pompidou, assim como a Torre Eiffel e as grandes lojas de departamento de Paris que estiveram fechados na semana passada, funcionam normalmente.
De acordo com o jornal El País, até o momento foram registradas 85 prisões na capital francesa.
Batizado de “coletes amarelos” em razão dos coletes de sinalização usados pelos manifestantes, o movimento popular começou em meados de novembro na França em protesto contra a alta do preço dos combustíveis. Mas logo a mobilização ganhou força e se transformou em um protesto generalizado contra a queda do poder aquisitivo e contra as medidas econômicas impopulares do presidente da França, Emmanuel Macron.
Nas últimas semanas, os protestos ganharam repercussão na tentativa de reduzir o aumento do imposto sobre combustível e atraíram também eleitores descontentes com as políticas econômicas e sociais do governo.
Nesta semana, Macron anunciou uma série de medidas para tentar conter as manifestações. Foram aprovados o aumento de 100 euros no salário mínimo, isenções fiscais e a manutenção do preço do combustível. Mesmo assim, uma parte dos líderes dos “coletes amarelos“ insiste em continuar os protestos.
*Com Ansa
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Número de manifestantes que participam desse protesto é menor comprado ao último sábado