O governo do Iêmen e as forças rebeldes houtis anunciaram neste domingo (16/12) que acordaram uma trégua na cidade de Al Hudeida e que entrará em vigor na próxima terça-feira (18/12).
O anúncio vem após as duas partes se reunirem na Suécia em cúpula mediada pelas Nações Unidas.
O porta-voz das tropas houtis, Yehia Seria, afirmou que “a implementação efetiva do cessar-fogo em Al Hudeida começará em 18 de dezembro”.
O acordo estabelece que todas as forças militares, governamentais e rebeldes, devem começar a retirada de Al Hudeida em um prazo de 21 dias após o pacto entrar em vigor.
O primeiro passo do acordo consiste na retirada das tropas militares das instalações humanitárias nas primeiras duas semanas, e do porto de urbe, o principal do país, que passará a ser administrado pela ONU.
As partes também concordaram em analisar a possibilidade de trocar prisioneiros.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, classificou o acordo como “um progresso real e importante para melhorar as condições de milhões de iemenitas”.
As milícias houtis contam respaldo militar público do Irã, enquanto as forças leais ao governo iemenita recebem ajuda de uma coalizão tripartite formada por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.
Números da ONU mostram que, desde que houve a intervenção saudita no conflito armado no Iêmen, em março de 2015, mais de 6.000 civis morreram e cerca de 11 mil ficaram feridos.
De acordo com a organização, o país atravessa a pior crise humanitária do mundo.
*Com teleSur
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De acordo com a ONU, o país atravessa a pior crise humanitária do mundo