NULL
NULL
Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de diversas cidades do Irã nesta segunda-feira (11) para celebrar o 40º aniversário da Revolução Islâmica, que determinou o fim do regime autoritário e pró-Ocidente do xá Mohammad Reza Pahlavi.
Na icônica praça Azadi, em Teerã, símbolo da revolta de 1979, os manifestantes entoaram acompanharam as críticas do presidente Hassan Rohani à pressão promovida contra o país pelos Estados Unidos. “A presença do povo nesta celebração prova que os complôs de nossas inimigos foram desmantelados. Não permitiremos que os Estados Unidos vençam essa guerra”, afirmou Rohani para a multidão reunida em Teerã.
“Os EUA anunciaram repetidamente que o Irã cairia, mas não serviu de nada. Ao contrário, o Irã assumiu uma posição mais forte. Graças à sua resistência e união, o Irã superará os problemas e as barreiras”, acrescentou.
O país persa é alvo de novas sanções dos Estados Unidos, que, sob o governo de Donald Trump, romperam o acordo nuclear assinado em 2015 e pressionam seus aliados ocidentais a não fazerem negócios com o Irã. Um dos motivos para Trump retirar os EUA do pacto é o programa balístico iraniano, que, segundo Rohani, não retrocederá. “Não pediremos permissão a ninguém para produzir qualquer tipo de míssil com fins defensivos”, disse.
A revolução iraniana atingiu seu auge em 11 de fevereiro de 1979, quando as Forças Armadas do xá se renderam e permitiram que o líder da revolta, aiatolá Ruhollah Khomeini, declarasse o Irã uma República Islâmica.
As festividades pelos 40 anos da Revolução começaram em 1º de fevereiro, data em que Khomeini retornou a seu país depois de 14 anos no exílio. Ele foi o líder supremo do Irã até sua morte, em 3 de junho de 1989, e foi sucedido por Ali Khamenei, que segue no posto até hoje.
O Irã vive um momento de forte protagonismo no cenário internacional. buscando se contrapor ao poderio da Arábia Saudita, principal potência sunita do Oriente Médio, e de Israel.
O presidente Rohani lembrou também a vitória do país na guerra com o Iraque (1980-1988). “O Ocidente e Oriente proveram Saddam Hussein com os mais modernos combatentes, artilharia, tanques e helicópteros durante a guerra, mas o grande derrotado foram todos os seus mercenários, e os guerreiros voltaram para casa carregando a bandeira da vitória”.
Como conquista da revolução, apontou ele, “todas as autoridades da República Islâmica do irã, do Líder Supremo ao presidente, membros do parlamento, Assembleia dos Sábios e de todos os conselhos são escolhidos pelo voto do povo”, disse.
*Com informações da Ansa