O presidente Evo Morales inaugurou nesta sexta-feira (01/03) o Sistema Único de Saúde (SUS) em um evento público ocorrido no cidade de Cochabamba. O líder da Bolívia pediu a colaboração de médicos e de todos para que este modelo seja um sucesso e se expanda para os países vizinhos. O sistema com caráter universal proporciona assistência médica gratuita a mais de cinco milhões de bolivianos (51% da população), assalariados, camponeses e trabalhadores autônomos.
“Em termos de saúde, temos que pensar como a Bolívia pode ser um modelo de atenção à saúde através do SUS, não só para os bolivianos, mas também para expandir para os países vizinhos. Essa deve ser nossa meta.” afirmou Morales no evento que aconteceu na Plaza de La Torre. Ele também pediu a cooperação dos médicos para que o SUS também beneficiasse cidadãos de outros países da região: “Vamos também fornecer serviços aos nossos irmãos vizinhos”, disse.
Morales lembrou que o país teve uma primeira experiência nesta área com o programa 'Operação Milagre', que foi implementado com a ajuda de Cuba, por meio do qual peruanos chegaram a locais como Copacabana, para serem operados de problemas de visão gratuitamente.
O presidente lembrou que no país a aplicação do SUS é “responsabilidade de todos”, por isso pediu ao povo que cooperasse para torná-lo “um sucesso”. “Meu pedido aos movimentos sociais, às nossas autoridades, para estar atento às pessoas, como nos dizer onde temos problemas”, acrescentou.
O chefe de Estado disse que o governo nacional continuará com melhorias para a implantação do SUS, pois recebeu pedidos para a renovação dos equipamentos dos centros médicos e maior oferta de itens e medicamentos.
O presidente ressaltou que o governo nacional foi preparado nos últimos 13 anos para a implantação do SUS, com a criação de 18.550 itens para profissionais de saúde.
“Em 180 anos havia 2.870 unidades de saúde e em nossa gestão, (em) 13 anos, 1.061 unidades de saúde, metade concluída, concluída, equipada (…), então, irmãs, irmãos, um grande investimento” , ele comentou.
Morales afirmou ainda que o SUS não foi implementado em 2006 porque o país estava passando por problemas econômicos naquele ano e teve que esperar a melhora da situação financeira nacional, com recursos da recuperação e nacionalização de recursos naturais e de empresas estratégicas estatais.
Com um orçamento inicial alocado para o SUS de 250 milhões de dólares, o Governo espera chegar este 2019 a 5,4% do gasto público em saúde e para 2020 a 6,6%. Hoje se situa em 4,7%. Se conseguir essa meta – como reafirmou o presidente nesta sexta-feira – a Bolívia se colocaria entre os cinco países da região que ostentam essa conquista.
(*) Com informações da Prensa Latina.
ABI
O sistema proporciona assistência médica gratuita e de qualidade a mais de 50% da população sem recursos nem seguros.