Um grupo de ex-oficiais do serviço secreto norte-americano elaboraram um documento para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para advertir sobre as intenções de Israel de atacar o Irã com objetivo de derrubar o governo de Mahmud Ahmadinejad. O documento foi divulgado na internet pela revista norte-americana Washington Report.

“Israel tem se preparado bem militarmente e feito provocações contra seus vizinhos para provocar uma resposta que possa ser utilizada para justificar uma expansão”, afirma o texto disponível no site.

A Washington Report pertence à organização American Educational Trust, formada em Washington, em 1982, para reunir informações de diplomatas e ex-agentes de inteligência aposentados sobre a relação entre os EUA e o Oriente Médio.

No documento, que teria sido enviado ao presidente, o grupo VPS (Veteranos Profissionais pela Prudência) afirma que Israel pretende usar o programa nuclear da república islâmica como pretexto para agredir o país.

"Esperamos que seus assessores tenham avisado ao senhor que o objetivo principal de Israel é uma mudança de regime no país e não as armas nucleares iranianas", diz o texto.

Segundo os espiões aposentados, Israel se prepara para realizar o ataque em breve e, portanto, sugerem que Obama denuncie publicamente a intenção israelense para evitar uma guerra de “imprevisíveis consequências”.

”Se o medo que Israel diz ter de uma ou duas armas nucleares no arsenal iraniano estivesse em negociação, seria esperável que os líderes israelenses ficassem otimistas com o fato de parte do processo de enriquecimento de urânio ser feito na Turquia”, diz o documento.

Sem posição

O documento diz também que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, planeja um ataque surpresa com objetivo de pressionar os EUA a apoiar o exército de Israel no ataque contra o Irã. Para fazer a avaliação, os ex-agentes afirmam que se baseiam em declarações recentes dele, nas quais afirma que os EUA não seriam contra um ataque ao Irã.

A carta foi assinada por Phil Giraldi e Larry Johnson, ex-membros da CIA (Agência Central de Inteligência); Patrick Lang, coronel das forças especiais e da Agência de Defesa e Inteligência; Ray McGovern, oficial do setor de inteligência do exército dos EUA e da CIA; Coleen Rowley, que trabalhou por 24 anos para o FBI e Ann Wright, ex-funcionária do setor de Relações Exteriores do Departamento de Estado.

Procurada pela reportagem do Opera Mundi, a seção de imprensa da Casa Branca não negou que Obama tivesse recebido o documento, mas afirmou que ainda não tem elementos suficientes para se posicionar diante do caso.


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O presidente da Argentina, Javier Milei, nomeou seu “rabino pessoal”, Shimon Axel Wahnish, como o embaixador do país em Israel que desembarcará no Oriente Médio em meio à intensa guerra do Estado israelense contra o povo palestino.

No último domingo (10/12), dia da posse, Wahnish foi apresentado ao ministro das Relações Exteriores israelense, Eli Cohen, que também esteve presente no evento, em Buenos Aires.

À noite, durante a cerimônia inter-religiosa que aconteceu na Catedral Metropolitana, Wahnish confirmou a notícia ao entregar sua mensagem a Milei, diante de representantes de outras religiões. O rabino citou os Salmos. “A coragem humana consiste na capacidade de cair e levantar-se. E, como argentinos, sabemos disso. É preciso levantar e começar de novo”, afirmou.

O novo embaixador, sem experiência diplomática, foi o responsável por apresentar o estudo da Torá ao novo mandatário argentino e é membro reconhecido da comunidade judaico-marroquina no país sul-americano.

Milei não é judeu, mas estuda o livro sagrado do judaísmo desde 2021.