O ex-secretário de Relações Exteriores e candidato a assumir a chefia do governo do Reino Unido, Boris Johnson, foi intimado nesta quarta-feira (29/05) a prestar esclarecimentos em um tribunal sobre supostas mentiras divulgadas durante a campanha do plebiscito do Brexit, em 2016.
Segundo a denúncia, apresentada pelos advogados do empresário Marcus Ball, Johnson mentiu ao dizer que o país enviava 350 milhões de libras esterlinas por semana à União Europeia.
Esse valor seria equivalente a 18,2 bilhões de libras por ano, praticamente o dobro da contribuição britânica para o orçamento do bloco.
A Corte de Magistrados de Westminster afirmou que as alegações contra Johnson ainda não foram comprovadas, mas que seria apropriado intimá-lo a depor.
“Isso significa que o acusado será intimado a comparecer à Corte para uma audiência preliminar e, então, o caso será encaminhado à Corte Suprema [Crown Court] para julgamento”, disse Margot Coleman, juíza responsável pelo caso.
O ex-prefeito de Londres é um dos favoritos a suceder a premiê Theresa May na liderança do Partido Conservador e, por consequência, no cargo de primeiro-ministro.
Johnson já prometeu tirar o Reino Unido da União Europeia, mesmo sem acordo, caso assuma o poder no país.
*Com Ansa
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Ex-prefeito de Londres é um dos favoritos para suceder premiê Theresa May