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Política e Economia

Hoje na História: 1939 - É assinado o pacto Molotov-Ribbentrop

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Pacto teria vida relativamente curta: em menos de dois anos, em 22 de junho de 1941, Hitler lançaria um ataque contra o território da União Soviética

Max Altman

São Paulo (Brasil)
2020-08-23T15:00:00.000Z

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Em 23 de agosto de 1939 a União Soviética e a Alemanha assinam, em Moscou, um pacto de não-agressão, válido por 10 anos. A despeito das aparências de amizade, no entanto, estava bastante claro para quem acompanhava o jogo político da época que ambos os chefes de Estado – Josef Stalin e Adolf Hitler – estavam jogando conforme suas necessidades políticas e estratégicas, com pouca disposição para cumprir o acordo até o fim do período.

Um protocolo secreto definido por este acordo repartia as zonas de influência na Europa do leste. Hitler obtinha a temporária neutralidade da União Soviética, abrindo espaço para declarar guerra e invadir a Polônia nove dias depois, em 1º de setembro. Stalin pode, por outro lado, avançar sobre a Finlândia, anexar os países bálticos e invadir a Romênia.  

O pacto, no entanto, teria vida relativamente curta: em menos de dois anos, em 22 de junho de 1941, Hitler lançaria um ataque contra o território da União Soviética.

Após a invasão alemã da Tchecoslováquia, em março de 1939, a Grã-Bretanha viu-se diante de uma necessidade urgente: definir se deveria intervir militarmente para conter a expansão germânica posta em andamento por Hitler. O primeiro-ministro Neville Chamberlain, inicialmente indiferente à ocupação dos Sudetos, área de expressão alemã da Tchecoslováquia, percebeu que a Polônia estava sob ameaça. As alianças da época tornavam lógico que a Grã Bretanha se veria obrigada a socorrer a Polônia, na eventualidade de uma invasão alemã. Mas Chamberlain queria um aliado.

Wikimedia Commons
Um protocolo secreto definido por este acordo repartia as zonas de influência na Europa do leste

Só a União Soviética reunião as condições militares e geográficas para conter um avanço alemão sobre a Polônia. No entanto, as relações de Stalin com o governo britânico estavam bastante frias, depois que sua tentativa de criar uma aliança com França e Grã-Bretanha contra os nazistas fora rejeitada pelos países ocidentais. Além do mais, os líderes poloneses no exílio em Londres eram quase todos ultraconservadores e não queriam uma frente com a União Soviética. 

Hitler acreditava que a Grã Bretanha jamais iria atacá-lo sozinha, de modo que decidiu conter seu temor e ódio ao comunismo e tentar granjear a amizade, ainda que momentânea, do chefe soviético. A desconfiança era mútua, porém, Hitler tinha pressa. Seus planos de invadir a Polônia já estavam decididos de maneira que deveria agir rapidamente antes que o Ocidente pudesse acordar um front unificado. 

Concordando basicamente em fatiar partes da Europa Oriental – deixando cada lado livre para agir – o ministro do Exterior de Hitler, Joachim von Ribbentrop, voou para Moscou e assinou o Pacto de Não-Agressão com o ministro do Exterior da União Soviética, Viatsheslav Molotov (razão pela qual o pacto é historicamente conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop).

Defensores do bolchevismo em todo o mundo tiveram sua visão romântica do “internacionalismo socialista” abalada. Estavam ultrajados e não admitiam que Stalin pudesse estabelecer qualquer tipo de ligação com o ditador nazifascista. 

Exatamente três anos depois da assinatura do pacto, em agosto de 1942, “nas primeiras horas da manhã”, como relatou mais tarde Winston Churchill, Stalin deu ao primeiro-ministro britânico, então numa missão em Moscou, algumas das razões para sua decisão: “Tivemos a impressão que os governos inglês e francês não estavam resolvidos a ir à guerra se a Polônia fosse atacada, mas que esperavam que o alinhamento diplomático da Inglaterra, França e Rússia deteria Hitler. Estávamos certos de que tal não aconteceria.”

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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