O secretário de Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrad, anunciou nesta quinta-feira (06/06) que o país vai enviar 6.000 homens da Guarda Nacional à fronteira com a Guatemala, em uma tentativa de controlar o fluxo migratório entre as duas nações.
A medida veio em meio às negociações com os EUA para evitar as sobretaxas que Washington quer impor ao México em represália ao que o presidente Donald Trump classifica como ações pouco efetivas no controle de imigração.
As conversas entre os diplomatas mexicanos e dos EUA continuam. “Não temos acordo, mas vamos avançando”, disse Ebrad. Até agora, de acordo com o chanceler, os representantes dos dois países apresentaram suas posições sobre o problema.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que a decisão de sobretaxar os produtos mexicanos continua em vigor, apesar das negociações. “Nossa posição não mudou. no momento, nos preparamos para adotar sobretaxas”, disse.
No final do mês passado, Trump anunciou uma sobretaxa de 5% em todos os produtos vindos do país vizinho até que os mexicanos tomassem “medidas efetivas” contra a imigração de não documentados. A decisão deve começar a valer a partir do dia 10 de junho.
O republicano ainda afirmou que a taxação irá aumentar gradualmente caso a entrada irregular de mexicanos em seu país não seja eliminada ou reduzida drasticamente. Com isso, a sanção será reajustada em 15% a partir de 1 de agosto; 20% em 1 de setembro; 25% em 1 de outubro; e após essa data irá permanecer em 25% de maneira indefinida.
Trump ainda ressaltou que se o país vizinho “falhar”, o que consequentemente manterá as taxas em 25%, muitas empresas localizadas no México “podem começar a retornar aos Estados Unidos para fabricar seus bens e produtos”. “As companhias que se mudarem de volta aos Estados Unidos não vão pagar as tarifas ou serem afetadas de maneira alguma”, acrescentou
SRE México
Ebrad: ainda não há acordo com EUA, mas negociações continuam