O presidente argentino, Mauricio Macri, candidato à reeleição, anunciou nesta terça-feira (11/06) como seu candidato a vice o opositor peronista Miguel Pichetto. A estratégia amplia a coligação de governo e acirra a corrida eleitoral contra Cristina Kirchner.
A 24 horas da inscrição das coligações e a 10 dias das inscrições dos candidatos que darão início à corrida eleitoral, o presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou uma surpreendente ampliação da sua coligação, ao incorporar um candidato a vice-presidente da oposição peronista, o senador Miguel Ángel Pichetto, ex-aliado de Cristina.
“Quero anunciar que Miguel Ángel Pichetto me acompanhará como candidato a vice-presidente”, publicou Macri nas redes sociais, explicando a inesperada associação como necessidade de construir acordos. “Necessitaremos construir acordos com muita generosidade e com patriotismo”, indicou.
A decisão visa seduzir o voto peronista, pulverizado em diferentes candidaturas como a da ex-presidente Cristina Kirchner, que será candidata a vice-presidente na chapa que leva Alberto Fernández como candidato a presidente.
Prensa Presidencial/Flickr
Decisão visa atrair voto peronista, pulverizado em diferentes candidaturas como a da ex-presidente Cristina Kirchner
Quem é Miguel Pichetto
Miguel Pichetto é o líder do bloco peronista no Senado desde o governo de Cristina Kirchner (20017-2015), ex-chefe de partido.
O peronista também permite a Macri uma experiente administração do Senado numa eventual reeleição do presidente na qual o governo precisará aprovar reformas estruturais.
Com a associação de Macri a Pichetto e de Cristina Kirchner a Alberto Fernández, a campanha eleitoral argentina esvazia qualquer alternativa peronista pela terceira via. O processo já nasce polarizado até o primeiro turno, que será realizado em 27 de outubro, tendendo a manter um duelo acirrado até o segundo turno, em 24 de novembro.