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Política e Economia

Petroleiros e estudantes se somam à greve geral do dia 14

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Motivada pela urgência de se enfrentar retrocessos na previdência, paralisação levará às ruas outras pautas de interesse nacional como soberania e educação

Rute Pina

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2019-06-12T14:32:07.000Z

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De motoristas de ônibus a petroleiros. De estudantes a eletricitários. Milhões de trabalhadores vão paralisar suas atividades por 24 horas contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL) nesta sexta-feira (14/06). Motivada pela urgência de se enfrentar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 6/2019, a greve geral levará às ruas outras pautas de interesse nacional.

Em todas as bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP), os trabalhadores aderiram à paralisação no dia 14 de junho, como conta o diretor de comunicação da entidade, Alexandre Finamori. A mobilização é simbólica, já que não ocorre a paralisação completa das plantas, mas afetará a troca de turnos nas refinarias.

Os petroleiros vão aproveitar a greve geral para expressar descontentamento em relação a projetos que atacam a soberania do país, iniciados pela gestão de Michel Temer (MDB) e aprofundados por Bolsonaro, diz Finamori. "A gente pode elencar, de cara, as privatizações das refinarias, o fechamento da planta de biodiesel de Quixadá, no Ceará, e outros desmontes do sistema Petrobras", pontua o sindicalista.

"Inclusive, a precarização do trabalho e das condições de segurança que podem levar a situações semelhantes à da Vale, em Mariana e Brumadinho", complementa, em referência à privatização da mineradora em 1998.  

O governo Bolsonaro já anunciou a venda de oito das 13 refinarias da Petrobras. O acordo de concessão entre a estatal e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foi assinado nesta terça-feira (11/06), com prazo de dois anos para a venda das unidades. "Os trabalhadores estão com medo de trabalhar devido à precarização que está sendo feita, que é o caminho da privatização. Você precisa reduzir os gastos e manutenção para deixar a planta economicamente viável para a privatização", finaliza.

Em intenso processo de mobilização na luta contra cortes na Educação desde maio, estudantes, professores e funcionários de universidades e institutos federais também aderem à greve geral. 

Mídia Ninja
Motivada pela urgência de se enfrentar retrocessos na previdência, paralisação levará às ruas outras pautas de interesse nacional

Vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Jessy Dayane afirma que a expectativa é de que a maioria das universidades no Brasil paralise, dando continuidade aos protestos que mobilizaram 1,5 milhão de pessoas em todo o país. "Em todos os espaços onde a gente construiu diálogos, debates e processos preparatórios para a greve, a adesão é muito grande”, diz.

Além das pautas específicas da categoria contra os cortes de bolsas de pesquisas e redução do orçamento das instituições, Dayane ressalta que há um trabalho específico das organizações no sentido de aproximar a juventude à principal pauta da Greve Geral desta sexta-feira. A motivação, segundo a dirigente estudantil, é bastante objetiva: os jovens serão os mais afetados pela PEC que altera as regras para a aposentadoria e que está em debate no Congresso Nacional.

"Nosso desafio, nesse período, foi o de espalhar informação, conscientizar e fazer o debate, panfletar e passar em sala de aula explicando o que é a reforma da Previdência, porque todo mundo que tem acesso ao que ela é não se posiciona a favor", lembra.

A reforma enviada pela equipe econômica de Bolsonaro fixa idade mínima de aposentadoria em 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. No caso dos professores, a idade mínima foi definida em 60 anos para homens e mulheres.

"Embora pareça algo distante de quem é jovem, porque não está tão próximo assim de se aposentar, eles serão também os mais impactados. Porque quem está se aposentando ainda hoje vai se aposentar nas regras atuais. Os jovens que serão impactados com as novas regras. Se for aprovada a reforma da Previdência, isso significa que os estudantes de hoje vão ter que trabalhar muito mais, ou provavelmente não vão se aposentar", completa.

Dayane também lembra que a taxa de desemprego no Brasil fechou o trimestre em 12,5%. São 13,2 milhões de pessoas sem trabalho no país, segundo dados o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Guerra na Ucrânia

Rússia diz que assumiu o controle total de Lugansk

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Ministério da Defesa da Rússia afirma que suas tropas tomaram a cidade estratégica de Lysychansk, assegurando o controle da região de Lugansk, no leste da Ucrânia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-07-03T20:53:00.000Z

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A Rússia reivindicou neste domingo (03/07) o controle de toda a região de Lugansk, no leste da Ucrânia, após a conquista da cidade estratégica de Lysychansk, que foi palco de intensos combates.

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, o titular da pasta, Serguei Shoigu, informou oficialmente "o comandante em chefe das Forças Armadas russas, Vladimir Putin, sobre a libertação da República Popular de Lugansk".

Mais tarde, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou em um comunicado publicado no Facebook que as tropas ucranianas foram forçadas a se retirar de Lysychansk,

"Depois de intensos combates por Lysychansk, as Forças de Defesa da Ucrânia foram forçadas a se retirar de suas posições e linhas ocupadas", disse o comunicado.

"Continuamos a luta. Infelizmente, a vontade de aço e o patriotismo não são suficientes para o sucesso - são necessários recursos materiais e técnicos", disseram os militares.

Lysychansk era a última grande cidade sob controle ucraniano na região de Lugansk.

Na manhã deste domingo, o governador ucraniano da região de Lugansk, Serguei Gaidai, já havia sinalziado que as forças da Ucrânia estavam perdendo terreno em Lysychansk, uma cidade de 100.000 habitantes antes da guerra. "Os russos estão se entrincheirando em um distrito de Lysychansk, a cidade está em chamas", disse Gaidai no Telegram. "Eles estão atacando a cidade com táticas inexplicavelmente brutais", acrescentou.

A conquista de Lysychansk - se confirmada - pode permitir que as tropas russas avancem em direção a Sloviansk e Kramatorsk, mais a oeste, praticamente garantindo o controle da região, que já estava parcialmente nas mãos de separatistas pró-russos desde 2014.

Militärverwaltung der Region Luhansk/AP/dpa/picture alliance
Lysychansk está em ruínas após combates entre as forças russas e ucranianas

No sábado, um representante da "milícia popular de Lugansk" havia afirmado que os separatistas e as tropas russas haviam cercado completamente Lysychansk, algo que foi inicialmente negado pela Ucrânia

Explosões em cidade russa

Ainda neste domingo, a Rússia acusou Kiev de lançar mísseis na cidade de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países.

"As defesas antiaéreas russas derrubaram três mísseis Totchka-U lançados por nacionalistas ucranianos contra Belgorod. Após a destruição dos mísseis ucranianos, os restos de um deles caíram sobre uma casa", informou o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

O governador da região, Viacheslav Gladkov, já havia anunciado anteriormente a morte de pelo menos três pessoas em explosões naquela cidade.

As acusações levantadas por Moscou foram divulgadas um dia depois de a Ucrânia denunciar o que chamou de "terror russo deliberado" em ataques na região da cidade ucraniana de Odessa.

Segundo autoridades militares e civis ucranianas, pelo menos 21 pessoas, incluindo um menino de 12 anos, foram mortas na sexta-feira por três mísseis russos que destruíram "um grande edifício" e "um complexo turístico" em Serhiivka, uma cidade na costa do Mar Negro, a cerca de 80 km de Odessa, no sul da Ucrânia.

"Isso é terror russo deliberado e não erros ou um ataque acidental com mísseis", denunciou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, na noite de sexta-feira, enquanto as autoridades locais asseguraram que "não havia qualquer alvo militar" no local dos ataques.

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