A Justiça de Hong Kong emitiu nesta quarta-feira (14/08) uma ordem temporária que proíbe qualquer tipo de protesto nas instalações do aeroporto internacional da região, que foi paralisado esta semana por manifestações.
O texto deixa claro que não se poderá participar “de qualquer manifestação, protesto ou ato de ordem pública no aeroporto ou outras zonas que não sejam as designadas pela autoridade aeroportuária”.
A administração do aeroporto disse que usará ordem para impedir que “se obstrua ou interfira de maneira voluntária e ilegal com o uso adequado do Aeroporto Internacional de Hong Kong”.
O terminal aéreo esteve paralisado nos últimos dois dias, ocupado por milhares de manifestantes que protestavam contra a brutalidade policial usada para dissolver os protestos públicos que sacodem a cidade há quase três meses.
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Justiça de Hong Kong proibiu novos protestos no terminal aéreo da região
Nesta terça (13/08), a polícia chinesa entrou no aeroporto e removeu os manifestantes, em uma cena que foi transmitida pelas TVs de todo o mundo. O terminal já voltou a funcionar.
Desde o mês de junho, milhares de pessoas protagonizam uma onda de protestos contra uma lei de extradição que permitiria entregar procurados pela Justiça às autoridades centrais chinesas.
O governo de Hong Kong suspendeu a lei em 15 de julho, mas não a revogou por completo – um dos motivos pelos quais os protestos continuam.
Na terça, a líder da região, Carrie Lam, que é pró-Pequim, disse que a violência levará Hong Kong a um caminho sem volta. O governo chinês subiu o tom na segunda (12/08) e disse observar “sinais de terrorismo” no movimento iniciado há dois meses.
(*) Com teleSUR e RFI