A junta militar que governa o Sudão desde abril e a aliança de oposição da sociedade civil assinaram neste sábado (17/08) a “declaração constitucional”, finalizando um acordo que abre caminho para a transferência do poder para civis.
O documento foi assinado por Mohamed Hamdan Daglo, o “Hemedti”, número dois do conselho militar, e por Ahmed Al-Rabie, representante da Aliança pela Liberdade e pela Mudança (ALC), na presença de diversos chefes de Estado de outros países.
“O povo do Sudão lutou por quase 30 anos e a transição política no país pareceu um sonho impossível. Agora é necessário ter uma representação justa”, disse Mohammad Naji Al Assam, representante da Associação de Profissionais Sudaneses.
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Após a assinatura do acordo, milhares de pessoas encheram as ruas da capital Cartum para celebrar
Após a assinatura do acordo, milhares de pessoas encheram as ruas da capital Cartum para celebrar. A junta militar será dissolvida neste domingo (18/08) e o órgão supremo que governará o país pelos próximos três anos será formado nos próximos dias. O conselho terá cinco militares e outros cinco civis.
A crise pelo poder no país africano começou quando o então presidente Omar al Bashir foi deposto em 11 de abril, após quatro meses de protestos populares contra um regime que vigorou por 30 anos.
*Com Ansa