O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou nesta terça-feira (03/09), durante uma visita a Bruxelas, na Bélgica, novas sanções contra o Irã. Segundo Pompeo, o alvo é o programa espacial iraniano, acusado por Washington de servir de “cobertura” para o desenvolvimento de mísseis balísticos.
Além da agência espacial do Irã, as sanções norte-americanas atingem duas de suas afiliadas, poucos dias após a explosão de um foguete que seria lançado do Centro Espacial Imã Khomeini. As medidas preveem penalidades para governos, empresas e associações que tiverem envolvimento com os alvos das sanções.
“A tentativa iraniana de mandar em órbita um lançador espacial em 29 de agosto ressalta a urgência da ameaça”, disse Pompeo. As novas sanções chegam após o presidente do Irã, Hassan Rouhani, ter negado a intenção de manter negociações diretas com os EUA.
“Não queremos conversas bilaterais com os Estados Unidos”, disse o mandatário, que cobrou a retirada das sanções contra o país e acusou as nações europeias signatárias do acordo nuclear de 2015, já rompido por Donald Trump, de “não respeitarem os próprios compromissos”.
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Sanções vêm poucos dias após a explosão de um foguete que seria lançado do Centro Espacial Imã Khomeini
Segundo Rouhani, se França, Reino Unido e Alemanha não adotarem medidas para compensar as sanções norte-americanas, o Irã dará um “terceiro passo” para ignorar os termos do acordo.
Recentemente, Teerã já aumentou o nível de enriquecimento de urânio e superou os limites de armazenamento de materiais nucleares. A tensão entre o governo iraniano e os EUA começou após Washington se retirar de forma unilateral do acordo nuclear alcançado em 2015 após longas negociações.
*Com ANSA