O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou na noite desta segunda-feira (09/09) a realização de exercícios militares entre os dias 10 e 28 de setembro nos 2.200 km de fronteira com a Colômbia, além de decretar um alerta na região. A razão para a decisão são, segundo o presidente, as “ações de guerra” tomadas por Bogotá.
Maduro acusou a Colômbia de querer levar uma situação de caos à Venezuela e disse ter provas de que Bogotá pretende gerar um caso de falso positivo – quando um inocente é morto sob acusação de ter feito parte de algum movimento -, com fins de criar um conflito armado entre os dois países.
“Temos as provas de como, a partir da Colômbia, se conspira para mandar grupos terroristas atacarem serviços públicos, poderes públicos e afetar alvos civis e militares dentro de nosso país”, disse o presidente venezuelano.
Nos últimos três meses, disse o presidente venezuelano, foram detectadas 42 ações de ataque à Venezuela. Segundo Maduro, estes ataques seriam planejados com a ajuda de civis e militares venezuelanos que seriam pagos pelo governo colombiano.
AVN
Maduro ordenou realização de exercícios militares na fronteira
Maduro acusou Bogotá, também, de tentar cooptar membros das Forças Armadas venezuelanas para atacar o Sistema de Defesa da Venezuela.
“Com Iván Duque [presidente da Colômbia], chegou o extremismo ao Palácio de Nariño [sede do governo colombiano]. Declararam guerra à Revolução Bolivariana. Tem sido impossível um mínimo de relações e comunicações entre dois governos que são obrigados a se comunicar”, disse.
O presidente venezuelano afirmou também que Caracas levará aos órgãos internacionais o que dizem ser as provas dos planos de guerra colombianos.
A Colômbia acusa o governo da Venezuela de dar guarida, armas e equipamentos para uma dissidência das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que voltou para a luta armada. Caracas nega veementemente a acusação.
(*) Com teleSUR