O Irã rechaçou neste domingo (15/09) qualquer envolvimento com os ataques com drones que teriam sido levados a cabo por rebeldes iemenitas que inutilizaram a maior planta de processamento de petróleo cru do mundo, afetando de maneira considerável a produção de petróleo saudita.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irá, Abas Musavi, afirmou que as acusações são “sem sentido” e buscam destruir a imagem do Irã para abrir caminho a futuras ações. “Os estadunidenses vêm seguindo uma política de máxima pressão que, devido a seu fracasso, parece tender a mentiras máximas”, disse o porta-voz.
O secretário norte-americano de Estado, Mike Pompeo, acusou de forma direta o governo iraniano pela ofensiva contra a planta petroleira, mas sem mencionar nenhuma prova a respeito.
Pompeo acusou Teerã de ter lançado “um ataque sem precedentes contra o provimento de energia do mundo”, dizendo que “não há evidências” de que essa ofensiva teria origem no Iêmen.
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O porta-voz do MRE iraniano, Abas Musavi
Musavi chamou as declarações de “acusações cegas”. “Este tipo de medida se parece mais com os planos das agências de inteligência para destruir a imagem de um país [Irã] com o objetivo de abrir caminh para levar a cabo algumas ações no futuro”, disse.
O Iraque, por sua parte, também negou a informação de que os drones teriam sido lançados do país.
Por sua vez, o Ministério do Interior da Arábia Saudita confirmou neste domingo que os ataques com drones causaram incêndios em duas instalações petrolíferas da companhia estatal Aramco, nas áreas de Abqaiq e Khurais.
De acordo com a Aramco, os ataques reduziram a produção em 5,7 milhões de barris/dia, ou mais de 5% da oferta mundial de petróleo cru.
(*) Com teleSUR