As forças de seguranças da polícia iraquiana utilizaram armas de fogo e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que protestavam nesta quarta-feira (02/10) contra os altos níveis de desemprego e corrupção no país.
Segundo a emissora Al Jazeera, centenas de pessoas ficaram feridas durante a repressão da polícia na praça Tahrir, na capital iraquiana e ainda não há registros de mortos. Entretanto, nesta terça-feira (01/10), protestos também foram registrados em Bagdá e a repressão policial deixou duas pessoas mortas e 200 feridas.
“Nós queremos empregos e serviços públicos melhores. Estamos pedindo isso há anos e o governo nunca respondeu”, afirmou à agência AFP Abdallah Walid, um jovem de 27 anos presente nas manifestações.
Por sua vez, o gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, informou que o premiê montou um gabinete de emergência com o comitê de segurança nacional e fará pronunciamento quando alcançarem uma resolução.
Wikicommons
Ação policial deixou dois mortos durante protestos nesta terça-feira
O representante especial das Nações Unidas para o Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, se manifestou sobre a violência nos protestos e pediu que as autoridades garantam a segurança dos manifestantes.
“Hennis-Plasschaert pede às autoridades para manter a calma ao enfrentar os protestos para assegurar a segurança de manifestantes pacíficos enquanto mantém a lei e a ordem e protegem as pessoas, e as propriedades públicas e privadas”, afirmou em nota.