Coletivos políticos brasileiros em diversos países do mundo realizam no próximo dia 27 de outubro o Lula Day, data em que se comemora o aniversário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na qual se pretende reiterar o pedido de liberdade do petista, preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Eventos estão confirmados na Espanha (Madrid), Portugal (Lisboa), França (Paris), Itália (Verona, Ravena e Bolonha), Alemanha (Berlim), Inglaterra (Londres), Estados Unidos (Nova York) e na Bélgica.
No Brasil, movimentos populares e partidos políticos também aderiram à proposta e devem realizar atos pela liberdade do ex-presidente em diversos pontos do país no dia do seu aniversário.
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“Lula não pode ser esquecido, tem que ficar na memória por tudo o que ele fez pelo nosso Brasil”, defende ativista Giuditta Ribeiro, uma das idealizadoras do evento. “Eu acho que [o Lula Day] deve ser um memorial, um legado, que nós todos devemos levar avante para aqueles que estão por vir conhecerem sua história”, reforça a militante.
O “Mandela Day”, usado como inspiração para os movimentos que defendem o ex-presidente Lula, é comemorado todo 18 de julho, dia de nascimento do ex-mandatário da África do Sul. Ele ficou conhecido pela luta contra o Apartheid, regime de segregação entre brancos e negros em seu país. A data comemorativa foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em novembro de 2009, reconhecendo a contribuição de Mandela “para a cultura, paz e liberdade” e “dedicação ao serviço da humanidade através de seu trabalho nas áreas de resolução de conflitos relações inter-raciais”.
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Giuditta explica que o objetivo central do Lula Day vai além de reconhecer a inocência do ex-presidente, porque inclui o papel dele em causas que buscam maior inclusão e igualdade social no Brasil.
“Lula é livre em cada um de nós, Lula é história e, Lula Day, é um ato de memória”, diz o texto inicial do projeto usado na articulação da “manifestação global” da festividade.
O desejo do grupo é que, assim como no “Mandela Day”, o “Lula Day” se repita todos os anos. Eles ainda destacam que o tom maior dos eventos neste ano será contra “a prisão injusta e ilegítima do maior líder político da história do Brasil”.
O cartunista Fernando Carvall, que está colaborando com a padronização das imagens de divulgação dos atos do dia 27 de outubro, avalia que Lula “é um símbolo mundial”.
“Ele foi o melhor presidente, conseguiu unir desenvolvimento com inclusão social, tinha, tem, um projeto de país, para todos, sobretudo os mais pobres. Por conta disso, hoje, é um preso político”, considera.
*Com GGN