Milhões de espanhóis vão às urnas neste domingo (10/11) pela quarta vez em quatro anos e apenas seis meses depois das legislativas realizadas em abril na tentativa de destravar um impasse político que se originou após o primeiro-ministro encarregado da Espanha, Pedro Sánchez, não conseguir formar coalizão para alcançar maioria no Parlamento.
No pelito realizado neste ano, o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) obteve 123 dos 350 assentos na Câmara, contra 66 do conservador Partido Popular (PP) e 57 do liberal-populista Cidadãos (CiU).
Em setembro, no entanto, ele fracassou na tentativa de formar um novo governo ao não chegar a um acordo com a legenda de esquerda Unidas Podemos.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
Apesar disso, o premiê reaparece como favorito nas últimas pesquisas, mas a expectativa é de que obtenha um número menor de cadeiras. Desta forma, precisará de apoio de outros partidos para tomar posse.
Reprodução
Ao registrar seu voto, Sánchez pediu para todos os cidadãos votarem
De acordo com o jornal espanhol El País, os números apontam uma vitória do PSOE, com 27,2%, seguido pelo Partido Popular (PP), com 21,1%, Vox (12,8%), a coalizão Unidas Podemos, com 12,7%, Ciudadanos, com 9% e Más País, com 3,8%.
Ao registrar seu voto, Sánchez pediu para todos os cidadãos votarem para “que a partir do dia de amanhã possamos ter a estabilidade necessária para poder formar governo e poder pôr a Espanha em andamento”.
As eleições acontecem em um momento de forte tensão política na Catalunha devido à atuação de grupos independentistas. Para tentar garantir a segurança, o governo montou um esquema que conta com mais de 90 mil agentes em todo o país.
Aproximadamente 37 milhões de pessoas têm o direito de votar para escolher 350 deputados e 208 senadores. As urnas foram abertas às 9h (horário local) e serão fechadas às 20h.