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Política e Economia

O 'périplo' de Morales: avião com boliviano foi proibido de sobrevoar vários países na rota até o México

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Bolívia impediu duas vezes que avião sobrevoasse território, Peru e Equador cancelaram autorizações e reabastecimento teve que ser feito em Assunção; aeronave chegou a sobrevoar Brasil

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2019-11-12T19:51:00.000Z

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O ex-presidente da Bolívia Evo Morales chegou nesta terça-feira (12/11) no México após receber asilo político do governo de Andrés Manuel López Obrador. Morales e o ex-vice Álvaro García Linera aterrissaram na Cidade do México por volta das 14h20 (horário de Brasília). Mas, para que o avião resgatasse Morales e chegasse ao país, um longo caminho - diplomático - precisou ser feito. O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, classificou a ação como um "périplo".

Para que o Gulfstream do governo mexicano chegasse a Chimoré, na Bolívia, era preciso uma parada para reabastecimento no Peru. "O avião parou em Lima, no Peru, e teve que esperar para solicitar as licenças correspondentes, algo muito complexo por causa da situação, em que não se sabe quem decide o que", disse.

A aeronave pousou, reabasteceu e voltou a voar, com a permissão das Forças Armadas bolivianas para que entrasse no espaço aéreo do país. No entanto, quando chegou à Bolívia, o Gulfstream precisou dar meia volta, pois chegou aos pilotos a informação de que a autorização não era válida.

"Eles tiveram que retornar a Lima e esperar várias horas, mas graças à intervenção de nossa embaixadora, subsecretário e um servidor, conseguimos uma permissão com o comando [das Forças Armadas], que mostra quem tem força lá", contou Ebrard.


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O chanceler mexicano disse a embaixadora do país na Bolívia, Teresa Mercado, foi fundamental na negociação - ela convenceu os militares a deixarem o avião ingressar no espaço aéreo boliviano. Assim foi feito e a aeronave pousou em Chimoré.

Reprodução/Flightradar24
Mapa mostra rota feita por avião mexicano que levava Evo Morales

Saída

Com o avião pronto para sair da Bolívia e com Morales a bordo, os governos de Peru e Equador negaram autorização para que seus espaços aéreos fossem sobrevoados. 

Segundo o jornal El Deber, Martin Vizcarra, presidente do Peru, decidiu por "valores políticos" suspender a permissão, forçando o governo mexicano a pedir autorização do Paraguai, com ajuda do presidente eleito na Argentina, Alberto Fernández, para sobrevoar a área e abastecer o avião. Fernández ligou, então, para o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez, que se colocou à disposição.

Isso fez com que o ex-presidente e o ex-vice ficassem dentro do avião por aproximadamente 5 horas, esperando para decolar. "Já havia uma situação difícil, porque os seguidores dele [Morales] estavam ao redor do aeroporto e, dentro, elementos das Forças Armadas da Bolívia", contou Ebrard.

Então, o voo, que sairia de Chimoré e iria para noroeste, rumo à Cidade do México, precisou descer para sudeste, rumo à capital paraguaia. Chegando lá, o avião foi reabastecido, mas a Bolivia havia negado, novamente, autorização de voo.

"Ao falar com a Bolívia, nos disseram que não seria dada permissão para cruzar seu espaço aéreo de Assunção ao Peru, então, como não se podia cruzar a Bolívia, as alternativas foram que o embaixador [do México] no Brasil nos disse que ajudaria a intervir", disse o chanceler.

Com a intervenção do embaixador mexicano José Ignácio Piña, que serve em Brasília, foi obtida uma autorização da Bolívia e do Brasil para que a aeronave de Morales sobrevoasse na linha fronteiriça entre os dois países. Dali, o avião sairia em direção ao Peru - que também permitiu a entrada, sem que o avião parasse no país.

Estava prevista uma escala, no entanto, em Guayaquil, no Equador, para reabastecimento, da qual os pilotos acabaram desistindo. Para completar, no meio do voo, Quito cancelou a autorização de sobrevoo - e foi preciso contornar o país e ir por águas internacionais. 

Morales e Linera, então, voaram por águas internacionais até a chegada no espaço aéreo mexicano.

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Sociedade

Chuvas na Austrália causam enchentes na região de Sydney e 85 mil devem deixar suas casas

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Em menos de uma semana choveu mais do que a média esperada para todo o mês de junho na cidade australiana

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-07-06T16:59:00.000Z

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As chuvas fortes e incessantes na costa leste da Austrália provocam enchentes históricas na região de Sydney, onde diversas estradas e pontes estão encobertas pelas águas. Nesta quarta-feira (06/07), milhares de australianos deixavam suas casas em busca de locais mais seguros ao norte do país.

As cheias começaram na semana passada e estão longe de terminar. Só na cidade de Sydney, em quatro dias caíram 208 mm de chuvas, mais do que a média esperada para todo o mês de junho.

Com isso, os rios transbordaram, deixando bairros inteiros inundados. As autoridades australianas deram ordem de evacuação para 85 mil habitantes.

Algumas estradas e pontes estão debaixo d’água, reduzindo as possibilidades de rota de fuga dos habitantes. Os serviços de resgate de Nova Gales do Sul já receberam mais de 7 mil pedidos de ajuda e fizeram centenas de resgastes nos últimos dias, conforme relatou Ashley Sullivan, um dos responsáveis pelos serviços de resgate local para a televisão News Channel.

#NSWRFS aviation crews undertook reconnaissance over the Windsor area of Sydney this afternoon, as we continue to assist the @NSWSES with flood and storm damage. Crews are also helping with the clean-up where waters are receding. pic.twitter.com/YkQdFWW45J

— NSW RFS (@NSWRFS) July 6, 2022

O governo federal declarou estado de calamidade pública por desastre natural em 23 áreas do Estado de Nova Gales do Sul, incluindo a capital Sydney. Os serviços meteorológicos preveem que as chuvas continuarão na região até o final de semana.

Twitter/NSW RFS
Serviços de resgate de Nova Gales do Sul já receberam mais de 7 mil pedidos de ajuda

Chuvas históricas

O total de chuvas deste ano para a região já é a maior registrada desde 1890. Até agora, Sydney acumulou 1769 mm de precipitação, 191mm a mais do que o recorde de mais de um século.

Com as tempestades contínuas, o ano de 2022 deve ser o mais chuvoso da região desde 1859. Faltando cinco meses para seu fim, 2022 já aparece como o 11° ano com mais chuvas em Sydney no histórico de registros, segundo a agência meteorológica Weatherzone.

Nesta quarta, o primeiro-ministro Anthony Albanese visitou a área afetada e prometeu que seu governo se dedicará a buscar "soluções de longo prazo" para os desastres naturais que têm atingido a costa do país.

Embora "a Austrália sempre tenha sido propensa a inundações e incêndios florestais", os cientistas advertem que a mudança climática tornará esses eventos mais frequentes e intensos. "É o que está acontecendo", afirmou ele.

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