O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, responsabilizou o governo do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pela segurança dos diplomatas e das instalações da sede da embaixada venezuelana em Brasília, invadida na madrugada desta quarta-feira (13/11) por um grupo de apoiadores do autoproclamado presidente Juan Guaidó.
“Denunciamos que as instalações de nossa embaixada em Brasília foram invadidas à força na madrugada. Responsabilizamos o Governo do Brasil pela segurança de nosso pessoal e instalações. Exigimos respeito à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, escreveu Arreaza no Twitter.
Invasão
Na madrugada desta quarta-feira (13/11), a representação diplomática venezuelana em Brasília foi tomada por um grupo anti-Maduro. Segundo relatos, ao menos 30 invasores participaram da ação, que ocorre durante a reunião dos Brics em Brasília. Por conta do evento vários acessos da cidade estão fechados, o que dificulta a chegada de outros funcionários e militantes à embaixada.
Reprodução/Twitter
Embaixada em Brasília foi invadida por apoiadores de Juan Guiadó
Na conta oficial no Twitter, a embaixada no Brasil também emitiu um comunicado: “Frente ao cerco de grupos irregulares na Embaixada Venezuelana, diplomatas bolivarianos permanecem firmes na custódia da sede diplomática apegados ao direito internacional e aos preceitos da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”.
A Polícia Militar foi chamada. Houve troca de agressão entre os manifestantes. A PM usou spray de pimenta.
O conflito se deu horas antes do início das atividades da 11.ª Cúpula do BRICS. O evento reúne os líderes da Rússia, India, China e África do Sul, países que apoiam a permanência de Nicolás Maduro no poder.
Já o governo de Jair Bolsonaro reconhece Guaidó como presidente da Venezuela, alinhando-se aos EUA.
(*) Com AVN e Brasil de Fato