Manifestantes iraquianos atearam fogo ao consulado do Irã na cidade xiita de Najaf nesta quarta-feira (27/11), informaram fontes locais. Os funcionários da sede diplomática conseguiram fugir, mas ao menos 35 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia.
Ainda hoje, forças de segurança do Iraque mataram ao menos seis manifestantes em protestos na capital, Bagdá, e em Karbala, considerada sagrada pelos xiitas.
Desde o início de outubro, o Iraque é palco de protestos populares contra o governo, a corrupção e a carência de serviços públicos em Bagdá e em áreas xiitas do sul do país.
Os protestos começaram em Bagdá e em cidades ao sul do país. Essas são as maiores manifestações que acontecem no Iraque desde a posse de Adil Abdul-Mahdi como primeiro-ministro.
Reprodução
Essas são as maiores manifestações que acontecem no Iraque desde a posse de Adil Abdul-Mahdi como primeiro-ministro
O exército iraniano admitiu o uso excessivo da força durante algumas mobilizações da sociedade nas ruas. No começo dos protestos, as forças de segurança da polícia do país utilizaram armas de fogo e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes.
O representante especial das Nações Unidas para o Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, se manifestou sobre a violência nos protestos e pediu que as autoridades garantam a segurança dos manifestantes.
Em 7 de outubro, o presidente do Iraque, Barham Saleh, pediu que a violência acabe e que esperava um “diálogo nacional sem ingerência estrangeira” para que pudesse consultar as reivindicações dos iranianos.
*Com ANSA