O Likud, partido do atual premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e o oposicionista Azul e Branco, de Benny Gantz, entraram em um acordo nesta segunda-feira (09/12) para realizar eleições (a terceira em menos de 12 meses) no dia 2 de março, caso o Knesset não consiga até a próxima quarta (11/12) formar governo – o que é improvável, já que as agremiações de Netanyahu e Gantz, as maiores do país, não entraram em um acordo.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo jornal israelense Haaretz. O novo pleito ocorreria em uma segunda-feira, e não em uma terça, como é tradição no país. A data inicialmente estipulada para a eleição era o dia 10 do mesmo mês.
O prazo para os deputados do Knesset indicarem alguém que consiga formar governo e evitar a realização da nova eleição termina à meia-noite de quarta, data em que se finaliza um período de consultas de 21 dias.
Reprodução
Partidos de Netanyahu e Gantz acertaram eleições em 2 de março de 2020
No último dia 20, Gantz anunciou que não conseguiu ter chegado a um acordo para formar governo. O político afirmou que todas as tentativas “não foram suficientes”.
“Nos últimos 28 dias, virei todas as pedras na tentativa de formar um governo que conduza o Estado de Israel a uma liderança diferente. Infelizmente não foi suficiente. Diante das pedras, eu havia me transformado em um “bloco” que insistia em ver o bem pessoal de uma pessoa antes do bem dos pacientes que estavam nos corredores”, afirmou pelo Twitter.
Gantz disse que pediu a Netanyahu, líder do Likud, para que fossem mantidas negociações diretas a fim de que se pudesse montar um gabinete. No entanto, ele afirmou que, como resposta, recebeu “insultos, calúnias e vídeos infantis”. O próprio Netanyahu também havia falhado em formar governo.
Em 2019, os israelenses foram às urnas em abril e setembro, e nenhum dos dois partidos conseguiu maioria absoluta – obrigando-os a negociar até com os rivais.