As tropas romanas do general Tito tomam a cidade de Jerusalém. Em 8 de setembro de 70, o Templo é incendiado e os habitantes são deportados como escravos. O Templo, construído por Salomão em 970 a. C. e reconstruído por Herodes em 19 a. C., era o símbolo e o centro do poder religioso e político dos judeus.
Somente o muro ocidental de sustentação da esplanada do Templo permaneceria em pé. Seria chamado mais tarde de “O Muro das Lamentações”. A destruição do Templo constitui de resto um elemento determinante para a religião cristã, que se separa então, cada vez mais, de suas origens judaicas.
O Segundo Templo foi aquele que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, findo o Cativeiro Babilônico, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Manteve-se erigido entre 515 a.C. e 70 DC, tendo sido, durante este período, o centro de culto e adoração do Judaísmo.
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Segundo o relato bíblico, o templo foi mandado reconstruir por decreto de Ciro II da Pérsia. No ano 539 a.C., Ciro se apodera da Babilônia e ordena o repatriamento dos judeus mantidos em cativeiro e a reconstrução do seu templo, que, segundo a descrição presente no livro de Esdras (capítulo 1, versículos 1 a 4), terá tido lugar sob Zorobabel, sendo apoiada pelo funcionário Esdras e pelos profetas Zacarias e Ageu.
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Templo foi quase totalmente destruído pelas tropas do general e futuro Imperador Romano Titus Flávio, em 70 d. C
No século II a.C., o Segundo Templo foi profanado por Antíoco IV Epifânio, que mandou sacrificar uma porca sobre o altar. Este incidente deu origem à revolta dos Macabeus.
No século I a.C., Herodes o Grande ordena uma remodelação ao templo, considerada por muitos judeus como uma profanação, com o propósito de agradar a César, tendo mandado construir num dos vértices da muralha a Torre Antônia, uma guarnição romana que dava acesso direto ao interior do pátio do templo. Certos autores designam o templo após esta intervenção por “Terceiro Templo”.
O Templo foi quase totalmente destruído pelas tropas do general e futuro Imperador Romano Titus Flávio, em 70 d. C., abafando aquilo que foi a Grande Revolta Judaica onde morreram mais de um milhão de judeus. Uma primeira revolta acontecera em 136 a.C., e a terceira seria liderada pelo suposto messias Bar Kochba em 135 d. C.
Hoje a disputa de Jerusalém com seus lugares santos como capital pelos israelenses e palestinos é um dos nós górdios a serem desatados. A existência e a destruição do Templo do rei Salomão é um dos argumentos esgrimidos pelo governo de Israel para tê-la integralmente como sua capital. Mas Jerusalém é também sagrada para os palestinos, como de resto, para a religião católica.