O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (03/01) que o general iraniano Qasem Soleimani, morto durante um bombardeio ordenado pelo próprio mandatário norte-americano na noite desta quinta-feira em Bagdá, capital do Iraque, “deveria ter sido eliminado há muitos anos”.
Segundo Trump, “Soleimani era odiado e temido dentro do país” e que a população iraniana não está triste com a morte do militar.
O mandatário ainda acusou o general de ser responsável pela morte de “milhares de americanos” e de estar “conspirando para matar muitos mais”.
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“O General Qassem Soleimani matou ou feriu gravemente milhares de americanos por um longo período e estava conspirando para matar muitos mais… mas ele foi pego!”, disse o presidente dos EUA pelo Twitter.
General Qassem Soleimani has killed or badly wounded thousands of Americans over an extended period of time, and was plotting to kill many more…but got caught! He was directly and indirectly responsible for the death of millions of people, including the recent large number….
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 3, 2020
Reprodução
Presidente ainda acusou o general de ser responsável pela morte de ‘milhares de americanos’ e de estar ‘conspirando para matar muitos mais’
Trump também acusou Soleimani de ser “direta e indiretamente responsável pela morte de milhões de pessoas, incluindo um grande número de manifestantes mortos dentro do próprio Irã”.
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“Enquanto o Irã nunca será capaz de admitir, Soleimani era odiado e temido dentro do país”, disse Trump.
Bombardeio
Três dias depois do ataque contra a embaixada norte-americana em Bagdá por manifestantes pró-Irã, o presidente dos EUA ordenou na noite desta quinta-feira um ataque aéreo na capital do Iraque que matou o general iraniano Qasem Soleimani. Abu Mehdi al-Muhandis, líder de uma milícia iraquiana aliada de Teerã, também morreu no bombardeio contra o Aeroporto de Bagdá.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo da nação islâmica, pediu na manhã desta sexta-feira “vingança”.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, qualificou o ataque como uma “escalada extremamente perigosa e imprudente” deflagrada por Washington.
“Uma reunião extraordinária do Conselho Supremo de Segurança Nacional foi convocada para as próximas horas para discutir o ataque”, disse o porta-voz Keyvan Koshravi, citado pela agência estatal Isna.