Atualizada às 0h09 de 8/1/2020
Dezenas de mísseis atingiram a base aérea de Al Asad, localizada no oeste do Iraque e que hospeda forças americanas, na madrugada de quarta-feira (08/01) no país, noite de terça-feira no Brasil. Também há registro de que mísseis terra-terra lançados pelo Irã atingiram uma outra base iraquiana em Erbil, no Curdistão iraquiano, no noroeste do pa´ís.
O ataque é uma retaliação pela morte do general iraniano Qassim Soleimani, ocorrida na última quinta-feira. Ainda não há confirmação de vítimas.
Um comunicado emitido pela guarda Revolucionária do Irã, da qual Suleimani era comandante, afirma que “na Operação Mártir Suleimani, nas primeiras horas desta quarta-feira, dezenas de mísseis terra-terra foram disparados contra a base dos Estados Unidos Al Assad e atingiram com sucesso”. Javad Zarif, ministro das relações exteriores do Irã, escreveu no Twitter que o país agiu em autodefesa: “Não queremos guerra, mas nos defenderemos contra qualquer agressão.”
Por meio da Irna, agência de notícias oficial do Irã, a Guarda Revolucionária do país afirmou que “todos os aliados dos americanos, que deram suas bases ao seu exército terrorista”, podem virar alvo de ataques.
“Estamos cientes dos relatos de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, afirmou o porta-voz da presidência. Trump afirmou no Twitter que fará um pronunciamento na manhã desta quarta-feira.
“O Irã lançou mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra as forças militares e de coalizão dos EUA no Iraque. É claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tiveram como alvo pelo menos duas bases militares iraquianas que hospedam militares e coalizões dos EUA”, afirmou o porta-voz do Departamento de Defesa, Jonathan Hoffman, em comunicado nesta terça-feira. “Ao avaliarmos a situação e nossa resposta, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger e defender o pessoal, parceiros e aliados dos EUA na região”, acrescenta o comunicado.
TV iraniana
TV iraniana mostra imagens do lançamento de mísseis contra a base norte-americana de Al Asad
Desde o assassinado do general Qassim Soleimani, ocorrido na última quinta-feira (02/01) num bombardeio norte-americano contra o Aeroporto de Bagdá, as hostilidades entre EUA e Irã vêm crescendo.
O governo do Irã qualificou o ataque como uma “escalada extremamente perigosa e imprudente” deflagrada por Washington, enquanto o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo da nação islâmica, pediu “vingança”. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, classificou o bombardeio norte-americano como um ato de “terrorismo internacional” e um ato “extremamente perigoso”.