Demonstrações populares lembraram hoje (11/9) os dois anos da morte de ao menos 14 camponeses por grupos radicais em Porvenir, no estado de Pando, então liderado pelo governador opositor Leopoldo Fernández. No dia, trabalhadores pró-Morales foram assassinados, segundo investigações preliminares do Ministério Público boliviano, por membros de grupos radicais ligados a Fernández em uma emboscada.
Um ato póstumo foi realizado no Paseo del Prado, na capital, La Paz, com a presença de familiares das vítimas e ativistas de direitos humanos. Uma exposição de fotografias e documentos sobre o fato – condenado internacionalmente – foi feita no local, segundo a ABI (Agência Boliviana de Informação).
ABI
Familiares montaram cartazes e pediram justiça aos envolvidos na chacina
“Dois anos após o ato genocida do 11 de setembro em Porvenir, departamento de Pando, sentimos dor, e uma dor que não desaparecerá com o tempo. Inclusive, nem com uma sentença condenatória para Leopoldo Fernández e seus colaboradores”, afirmou à ABI, Roberto Quiroz, coordenador de comitê por justiça.
Desde 18 de setembro de 2008 Fernánz e outros cinco acusados pela chacina aguardam julgamento em uma prisão de La Paz. Em 4 de agosto o grupo foi formalmente acusado, após o promotor Eduardo Morales estabelecer que o ex-governador era líder de uma estrutura organizada, que tinha o controle e domínio de funcionários das instituições locais.
Leia mais:
Partido de Evo vence em reduto da direita boliviana
Morales celebra resultado das eleições regionais na Bolívia
Bolívia inaugura quartel para reforçar controle em fronteira com o Brasil
Ex-governador boliviano será julgado por tribunal composto por cidadãos comuns
Denúncias de fraude eleitoral na Bolívia geram confronto entre governistas e oposição
A maior parte daqueles que atiraram contra a manifestação de camponeses que marchavam até a cidade de Cobija, capital de Pando, fugiu para a cidade brasileira de Brasilea, onde estão foragidos.
Leopoldo Fernández é um político de extrema direita, membro do Podemos, principal partido de oposição ao governo Morales, e integrou o segundo governo do general Hugo Banzer Suárez (1997-2001).
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL