A ministra da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer, decidiu nesta segunda-feira (10/02) que renunciará ao cargo de líder da União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel.
Segundo fontes da legenda conservadora citadas pela imprensa local, AKK, como é conhecida, permanecerá no cargo até a eleição de um novo líder, provavelmente no próximo verão europeu. Com isso, a ministra, que era vista como sucessora natural de Merkel e comanda a CDU desde dezembro de 2018, não disputará o cargo de chanceler em 2021.
AKK saiu com sua imagem enfraquecida após a controversa aliança entre membros de seu partido, liberais e a legenda de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) para eleger Thomas Kemmerich como governador da Turíngia.
O caso provocou revolta no establishment político alemão, incluindo em Merkel, que considerou o acordo com o AfD “imperdoável”. A decisão de alguns membros da CDU de se juntar à extrema direita em torno de Kemmerich foi tomada à revelia do comando do partido.
Por conta da reação negativa na sigla conservadora e no Partido Liberal-Democrático (FDP), Kemmerich renunciou ao cargo um dia depois de sua posse. Merkel deixará o poder em 2021, quando completará 16 anos de governo, e a renúncia de AKK abre um período de incerteza sobre sua sucessão
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