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Política e Economia

Nunca estive tão motivado a lutar pela democracia, diz Lula em Paris

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Ex-presidente recebeu o título de cidadão honorário da prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo; mais cedo, Lula se reuniu com Melénchon e Hollande

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-03-02T17:57:00.000Z

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta segunda-feira (02/03) o título de cidadão honorário de Paris, homenagem feita pela prefeita da cidade, Anne Hidalgo. Ao discursar, Lula agradeceu a solidariedade da França com a situação do Brasil e disse que nunca esteve tão motivado a lutar pela democracia.

"Estou muito emocionado de estar aqui em Paris recebendo essa homenagem. Quando digo pra vocês que tenho energia de 30, digo porque nunca estive mais motivado do que estou agora a brigar pela democracia no nosso país", afirmou.

O ex-presidente ainda disse que "a triste situação em que se encontra meu país e o sofrimento do nosso povo são consequência de repetidos ataques, maiores e menores, ao estado de direito, à Constituição e à democracia".


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Sobre sua situação jurídica, Lula afirmou que "se hoje estou num estado provisório de liberdade e ainda sem direitos políticos, é porque em novembro o STF reconheceu, para todos os cidadãos, o direito constitucional à presunção de inocência que havia sido negado ao cidadão Lula, às vésperas de minha prisão".

Ele também tratou da pobreza e desigualdade em seu discurso, afirmando que "é meu dever falar aqui em nome dos que sofrem, em meu país, com o desemprego e a pobreza, com a revogação de direitos históricos dos trabalhadores e a destruição das bases de um projeto de desenvolvimento sustentável, capaz de oferecer inclusão e oportunidades para todos!".

Ricardo Stuckert/PT
Ex-presidente recebeu o título de cidadão honorário de Paris

Mais cedo, Lula se reuniu com Sebastião Salgado pela manhã. Em seguida, almoçou com o ex-mandatário francês François Hollande. No domingo (01/03), o petista se encontrou com Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de esquerda França Insubmissa. 

Lula relembrou os 13 anos de governo do PT no Brasil e da luta contra a pobreza durante este período. "Bastaram 13 anos de governos que olharam o povo em primeiro lugar, para começarmos a reverter a doença secular da desigualdade em nosso país. Foram passos ainda pequenos para a dimensão do desafio, mas estávamos no caminho certo, porque 36 milhões saíram da pobreza extrema".

"O que está ocorrendo no Brasil é o resultado de um processo de enfraquecimento do processo democrático, estimulado pela ganância de uns poucos e por um desprezo mesquinho pelos direitos do povo; desprezo que tem raízes profundas, fincadas em 350 anos de escravagismo", disse o ex-presidente.

Lula também disse que contou à prefeita Anne Hidalgo que soube que iria receber o título de cidadão honorário de Paris quando ainda estava preso, e que até seus carcereiros ficaram felizes. 

"Eu estava contando a prefeita Anne Hidalgo que quando fui informado desse prêmio eu ainda estava preso e fiquei muito feliz. O que me deixou mais impressionado é que os carcereiros que cuidavam de mim também ficaram. Eu ainda me emociono quando lembro das pessoas que ficaram gritando bom dia e boa noite durante aqueles 580 dias em Curitiba, debaixo de chuva, debaixo de sol".

Veja discurso de Lula em Paris:

*Com Brasil 247

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Política e Economia

União Europeia passa a proibir importação de carvão russo

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Anunciado em abril, embargo ao carvão russo entra em vigor nos países do bloco europeu, que importava 20% do carvão produzido na Rússia

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-10T17:29:00.000Z

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As importações de carvão da Rússia pelos países-membros da União Europeia (UE) estão proibidas a partir desta quarta-feira (10/08). A medida integra o quinto pacote de sanções imposto pelo bloco devido à invasão russa da Ucrânia, anunciado ainda em abril.

A proibição faz parte de uma série de ações da UE que visam enfraquecer o setor energético da Rússia. Em abril, a Comissão Europeia disse que o embargo ao carvão poderia custar a Moscou cerca de 8 bilhões de euros por ano.

À época do anúncio, ficou estipulado que as nações do bloco teriam 120 dias para buscar carvão em outros países ou encontrar alternativas para a geração de energia.

A União Europeia depende fortemente de carvão mineral para a geração de energia: por ano, o bloco importava em torno de 20% do total do carvão produzido na Rússia – o que representa, por outro lado, cerca de metade de todo o carvão importado pela UE, que agora precisará ser substituído.

Os maiores compradores dentro do bloco são usinas e indústrias da Alemanha, Polônia, Itália, Holanda, Espanha e França.

Brian Ricketts, secretário-geral da Associação Europeia de Carvão e Lignito (Eurocoal), acredita que a UE passará a importar ainda mais carvão do que antes para substituir as centrais a gás.

"Acreditamos que isso [o aumento da importação de carvão a partir de outros mercados] vai acontecer porque até 120 terawatts-hora de produção de eletricidade a partir do gás devem ser substituídos por carvão e lignito. Isso economizaria cerca de 22 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, muito mais do que qualquer outra medida", afirmou Ricketts.

Importação de outros países

A UE já tem intensificado o abastecimento de carvão a partir de outros países, como Colômbia, Austrália e Estados Unidos, segundo dados da Braemar, empresa especializada em transporte marítimo e gerenciamento de risco.

Em junho, países europeus adquiriram 7,9 milhões de toneladas de carvão mineral, mais do que o dobro do mesmo período do ano passado.

Jochen Tack/picture alliance
Porto de Roterdã, na Holanda, é um dos maiores receptores de carvão importado pela União Europeia

Ricketts também aponta que países como "Polônia, Austrália, Indonésia, EUA, Colômbia e África do Sul aumentaram a produção de lignito" em pelo menos nove Estados-membros da UE.

As importações a partir da Colômbia chegaram a 1,2 milhão de toneladas em junho, contra apenas 287 mil toneladas no mesmo período no ano passado.

Também em junho, a UE importou cerca de 1,1 milhão de toneladas da Austrália, a taxa mais alta já registrada.

Já as importações de carvão proveniente dos Estados Unidos aumentaram quase 28% em junho deste ano em relação ao mesmo mês de 2021.

Outros embargos a caminho

Além do carvão, a UE também já estipulou datas para o início de embargos a outros produtos, incluindo um embargo parcial ao petróleo russo, que será proibido de ser adquirido por via marítima a partir de 5 de dezembro deste ano.

A sanção parcial ocorre porque as importações de petróleo através de oleodutos ainda serão permitidas, principalmente a países muito dependentes do produto, como Hungria e Eslováquia.

Já o embargo a produtos derivados do petróleo passará a valer a partir de 5 de fevereiro de 2023.

Se o embargo ao carvão russo será de fato respeitado, Ricketts presume que isso só será possível afirmar quando os portos e alfândegas apresentarem estatísticas sobre o tema: "A alfândega está muito atrasada com seus números", disse o secretário da Eurocoal.

Além disso, há a responsabilidade direta dos Estados-membros da UE em cumprir o que foi acordado. "É claro que se espera que os países implementem o que eles próprios decidiram. Acompanharemos a situação, mas não temos dúvidas de que o embargo será implementado", opinou Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia, na sexta-feira passada.

Nesta semana, também entrou em vigor o plano de contingência em relação ao fornecimento de gás para o inverno. Por isso, apesar do crescimento nas importações de carvão, a Agência Internacional de Energia pede que a Europa aumente a eficiência na geração de energia por meio de outras fontes, inclusive a nuclear, para arcar com uma possível crise energética.

Guerra na Ucrânia

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