O presidente de El Salvador, Mauricio Funes, afirmou nesta quinta-feira (16/9) que fará uma reforma no sistema público de saúde do país e que espera assinar acordos de cooperação na área médica com Cuba.
“Não vou contratar médicos cubanos para virem para cá. Vamos assinar convênios para que especialistas cubanos e também de outros países nos ajudem a levar adiante este novo sistema nacional integrado de saúde”, disse Funes durante discurso em San Miguel, região leste de El Salvador, segundo a agência de notícias espanhola Efe.
Funes informou que o governo apresentará o plano de saúde em breve e que a “experiência de Cuba vai ser de muita utilidade”. Os detalhes da reforma ainda são desconhecidos. O presidente adiantou, porém, que tentará implantar um modelo que tenha assistência médica familiar em casa, como já é feito em alguns países da América Latina, inclusive no Brasil. “Estamos construindo uma forma revolucionária de levar assistência médica a todos os salvadorenhos, em suas próprias casas”, afirmou.
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Na primeira fase do programa, a assistência domiciliar seria feita nas 74 regiões mais pobres do país. A previsão para a cobertura nos 272 municípios é 2014. O mandato de Funes, eleito em março de 2009, termina em 2014.
Para executar o plano, o governo precisa contratar cerca de 14 mil profissionais da saúde, Com isso, deve desembolsar 200 milhões de dólares para investimentos no setor em 2011. Após a visita a San Miguel, Funes informou os ministros da Saúde, da Educação e da Segurança que vai aumentar as verbas destinadas a esses setores, segundo o jornal salvadorenho La Prensa Gráfica.
Havana
A viagem de Funes a Havana estava prevista para a primeira semana de setembro, mas foi adiada e deve acontecer nos dez primeiros dias de outubro – será a primeira de um presidente salvadorenho a Cuba nos últimos 50 anos.
As relações diplomáticas entre Havana e San Salvador foram retomadas em junho de 2009, logo após Funes assumir o cargo. Os dois países haviam rompido em 1961 por conta da Revolução Cubana. Funes, ex-membro da guerrilha esquerdista FMLN (Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional), colocou fim aos 20 anos de governo da coalizão direitista Arena (Aliança Republicana Nacionalista).
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