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Política e Economia

Lei britânica que pode anular acordo do Brexit passa em primeira votação

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Votação contou com dezenas de abstenções entre aliados do premiê Johnson; anulação causaria violação de acordo internacional

Redação

ANSA ANSA

Londres (Reino Unido)
2020-09-15T13:54:42.000Z

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A Câmara dos Comuns aprovou em primeira votação, na noite desta segunda-feira (14/09), a lei apresentada pelo governo britânico que pode anular partes do Acordo de Retirada do Brexit - firmado com a União Europeia.

O texto foi aprovado por 340 votos favoráveis e 263 contrários.

No entanto, a votação contou com dezenas de abstenções entre os deputados conservadores, o que acendeu um alerta na equipe de Boris Johnson para as próximas etapas.

Explicitamente, apenas dois deputados conservadores - Roger Gale e Andrew Percy - se manifestaram contrários à nova lei e ambos podem ser expulsos da sigla. Porém, 30 representantes alegaram motivos pessoais para não comparecerem à sessão e outros 20 fizeram uma abstenção em protesto a Johnson. Nesse último grupo, chamou a atenção a postura do ex-procurador-geral e defensor explícito do Brexit Geoffrey Cox.

Chamado de "Internal Market Bill", o projeto causou a ira de Bruxelas por violar o direito internacional, já que a medida havia sido ratificada pelos dois lados há quase um ano.

Até mesmo aliados do governo concordam que ela "quebra" o acordo de uma maneira perigosa, pois poderia também comprometer futuros acordos que precisarão ser firmados pelo Reino Unido e é uma violação das regras internacionais.

A ex-premiê Theresa May e o ex-embaixador britânico nos EUA já no governo atual, Kim Darroch, ressaltaram em entrevistas que, se aprovada, a medida causará "um enorme dano à reputação do Reino Unido".

Number10
Governo de Boris Johnson quer anular acordo firmado com UE

A principal alteração que Johnson quer fazer refere-se às questões ligadas à Irlanda do Norte, pois o país faz parte do Reino Unido e a vizinha, Irlanda, é Estado-membro da União Europeia. A justificativa do governo é que o acordo firmado causaria problemas de abastecimento graves de alimentos na região e que os temas relacionados às fronteiras e aos possíveis controles cabem ao Parlamento.

No entanto, Bruxelas lembra que o acordo foi firmado após extensos debates e que não pode ser simplesmente quebrado por desejo de Johnson. Além dos danos políticos, o envio da nova norma para o plenário causou problemas às atuais negociações entre as duas partes, no chamado "Brexit econômico" e que deveria ser finalizado até o fim de outubro. Com ou sem pacto, no dia 31 de dezembro, encerra-se a relação comercial entre as partes.

Analistas apontam que Johnson fez essa aposta de alto risco por diversos motivos, que vão desde a falta de solução nas reuniões entre UE e Reino Unido até à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que criou uma crise econômica e sanitária sem precedentes para os britânicos.

No entanto, Londres é quem mais tem a perder nesse momento, já que precisaria firmar acordos comerciais com todos os parceiros e Bruxelas conseguiria amenizar o impacto de um "no deal" entre todos os seus países-membros.

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Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

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Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

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A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

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