A América Latina e o Caribe devem atingir níveis de pobreza extrema iguais aos do ano de 1990 durante a pandemia do novo coronavírus. A informação foi publicada em um estudo realizado pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) divulgado nesta terça-feira (06/10).
Segundo a secretária-executiva do órgão, Alicia Bárcena, apresentou nesta terça-feira (06/10) a pobreza deve regressar aos níveis de 2005, afetando 231 milhões de pessoas, enquanto a pobreza extrema atingirá os níveis de 1990, com retrocesso de 30 anos e afetando 96 milhões de pessoas.
“Políticas macroeconômicas serão necessárias para retomar o crescimento e promover uma agenda de transformação estrutural”, disse a chefe da Cepal.
Ainda de acordo com o estudo, o desemprego já aumentou 18 milhões em relação a 2019, o maior aumento desde a crise financeira de 2008, e afeta agora 44 milhões de pessoas. Cerca de 2,7 milhões de empresas devem fechar em 2020.
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Estudo ainda apontou para alto índice de desemprego e pior retração no PIB da região em 120 anos
Bárcena ainda disse que “o processo de retorno da atividade econômica aos níveis anteriores à crise será mais lento do que durante a crise de 2008”.
O estudo também destacou que a crise econômica gerada durante a pandemia do coronavírus é a pior registrada em 120 anos, com uma contração estimada de 9,1% no Produto Interno Bruto da região.
Segundo Bárcena, “os países devem orientar a reativação do gasto público e a transformação econômica, fortalecendo o investimento público em setores que promovam o emprego, a paridade de gênero, a inclusão social, a transformação produtiva e uma transição para a sustentabilidade ambiental”.
*Com ONU News