Com muito pouco você
apoia a mídia independente
Opera Mundi
Opera Mundi APOIE
  • Política e Economia
  • Coronavírus
  • Diplomacia
  • Cultura
  • Análise
  • Opinião
  • Podcasts
Política e Economia

Manifestantes protestam contra leis do governo Modi que desregulamentam mercado agrícola na Índia

Encaminhar Enviar por e-mail

Reforma inclui medidas que afrouxam as regras de venda, fixação de preços e armazenamento de produtos

Redação

Sputnik Sputnik

Moscou (Rússia)
2020-12-22T20:41:00.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

Os protestos de agricultores contra três leis instituídas pelo governo de Narendra Modi, que afrouxam normas de produção e venda, chegaram ao seu 27º dia nesta terça-feira (22/12) na Índia. Em meio aos confrontos com as forças de segurança, milhares de pessoas estão em marcha em direção à capital do país, Nova Deli.

O primeiro-ministro, Narendra Modi, sustenta que as reformas, que foram aprovadas em setembro, já deveriam ter sido feitas e qualquer oposição a elas seria prejudicial para o investimento em tecnologias modernas para o setor.

Embora os agricultores concordem que seu setor precisa urgentemente de reformas e práticas modernas, eles dizem que as reformas de Modi os deixarão à mercê de grandes corporações. O argumento do premiê, em contrapartida, é de que a legislação visa melhorar o desempenho do setor. Ele apela aos governos estaduais, responsáveis pela implementação das medidas, para explicá-las aos agricultores.

Desde 26 de novembro, milhares de agricultores exigem a reversão total das três novas leis agrícolas e o bloqueio das três rodovias que conectam Deli ao resto do país. Enquanto o governo empregava barricadas e polícia para impedir que os agricultores se mudassem de diferentes partes do país para Nova Deli, os manifestantes entraram em confronto com a polícia no distrito de Rampur, no estado de Uttar Pradesh, nesta terça.

Imagens de hoje, que logo viralizaram nas redes sociais, mostram o carro pertencente ao oficial sênior da polícia de Moradabad, Prabhakar Chaudhary, sendo atacado por milhares de pessoas. O oficial chegou a cair no chão em uma briga com os fazendeiros. Mais tarde, com a ajuda de outros policiais, ele conseguiu escapar do local.

Prime Minister's Office/FlickrCC
Leis de Narendra Modi afrouxam normas de produção e venda de produtos agrícolas

Em Haryana, centenas de fazendeiros mostraram bandeiras negras ao ministro-chefe do Estado, Manohar Lal Khattar. O governo de Haryana também está usando a força de segurança local para impedir que os agricultores na rodovia federal tentem se juntar aos protestos nos arredores de Deli.

Os protestos

Os protestos são os maiores desde que manifestações contra uma lei de cidadania baseada na religião foi aprovada por uma maioria esmagadora do Parlamento em dezembro de 2019.

Agricultores dos estados de Haryana e Punjab, conhecidos como "o celeiro da Índia", estão acampados nos arredores de Nova Délhi desde 26 de novembro e exigem a revogação da Nova Lei de Agricultura.

A reforma no campo inclui três medidas que afrouxam as regras de venda, fixação de preços e armazenamento de produtos agrícolas — normas que protegeram os agricultores indianos de um mercado livre irrestrito por décadas.

A oposição

Enquanto isso, o principal Congresso da oposição da Índia anunciou na noite de terça que o partido, sob a liderança de Rahul Gandhi, apresentará ao presidente da Índia, Ram Nath Kovind, em 24 de dezembro, assinaturas de cerca de 20 milhões de agricultores de toda a Índia, pedindo a retirada das três leis.

A população indiana é 1,3 bilhão. Dessas, 41,5% dependem, direta ou indiretamente, da agricultura. Em números, essa porcentagem representa mais de 560 milhões de pessoas. Dessas, 86% são pequenos agricultores que têm menos de dois hectares de terra, o equivalente a cerca de dois campos de futebol.

Só o seu apoio pode garantir uma imprensa independente, capaz de combater o reacionarismo político, cultural e econômico estimulado pela grande mídia. Quando construímos uma mídia alternativa forte, abrimos caminhos para um mundo mais igualitário e um país mais democrático. A partir de R$ 20 reais por mês, você pode nos ajudar a fazer mais e melhor o nosso trabalho em várias plataformas: site, redes sociais, vídeos, podcast. Entre nessa batalha por informações verdadeiras e que ajudem a mudar o mundo. Apoie Opera Mundi.

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

Encaminhar Enviar por e-mail

Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

Só o seu apoio pode garantir uma imprensa independente, capaz de combater o reacionarismo político, cultural e econômico estimulado pela grande mídia. Quando construímos uma mídia alternativa forte, abrimos caminhos para um mundo mais igualitário e um país mais democrático. A partir de R$ 20 reais por mês, você pode nos ajudar a fazer mais e melhor o nosso trabalho em várias plataformas: site, redes sociais, vídeos, podcast. Entre nessa batalha por informações verdadeiras e que ajudem a mudar o mundo. Apoie Opera Mundi.

Faça uma
assinatura mensal
Faça uma
assinatura anual
Faça uma
contribuição única

Opera Mundi foi criado em 2008. É mais de uma década de cobertura do cenário político internacional, numa perspectiva brasileira e única. Só o apoio dos internautas nos permite sobreviver e expandir o projeto. Obrigado.

Eu apoio Opera Mundi
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!
Opera Mundi

Rua Rui Barbosa, 381 - Sala 31
São Paulo - SP
CNPJ: 07.041.081.0001-17
Telefone: (11) 3012-2408

  • Contato
  • Política e Economia
  • Coronavírus
  • Diplomacia
  • Cultura
  • Análise
  • Opinião
  • Expediente
Siga-nos
  • YouTube
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Google News
  • RSS
Blogs
  • Breno Altman
  • Agora
  • Bidê
  • Blog do Piva
  • Quebrando Muros
Receba nossas publicações
Receba nossas notícias e novidades em primeira mão!

© 2018 ArpaDesign | Todos os direitos reservados