Alemanha: Ato em homenagem a Rosa Luxemburgo é reprimido pela polícia
Segundo imprensa local, repressão ocorreu por conta de bandeiras da Juventude Alemã Livre, movimento comunista da antiga Alemanha Oriental
Apesar das comemorações oficiais terem sido adiadas este ano para março devido à pandemia, cerca de duas mil pessoas juntaram-se no domingo (10/01) para marcar o 102º aniversário do assassinato de Rosa Luxemburgo e de Karl Liebknecht. Manifestantes usaram máscaras de proteção e respeitavam as regras sanitárias em vigor na Alemanha.
Segundo a Deutsche Welle, a polícia decidiu entrar em confronto com estes manifestantes por causa da existência na concentração de bandeiras “proibidas”, supostamente referentes à Juventude Alemã Livre, um movimento juvenil comunista da antiga Alemanha Oriental.
O Izquierda Diario revela que vários manifestantes ficaram feridos e que 15 foram presos e diz ainda que a afirmação de que as bandeiras da organização que sucedeu à antiga organização juvenil dependente do governo da RDA é contestada juridicamente.
Os manifestantes queixam-se ainda que a intervenção policial aglomerou os participantes, tornando impossível manter o distanciamento social e colocando em perigo a saúde pública.
Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram dois dos dirigentes comunistas alemães assassinados na vaga de repressão que se seguiu à tentativa revolucionária de janeiro de 1919. Foram executados por tiros disparados à queima-roupa, pela extrema direita, os grupos militarizados Freikorps, sob a supervisão do ministro Gustav Noske, do governo do SPD, Partido Social-Democrata alemão, dirigido então por Friedrich Ebert.

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Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht foram dois dos dirigentes comunistas alemães assassinados em 1919