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Política e Economia

Prefeita italiana de extrema-direita é presa por dar cestas básicas a ricos

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Pobres e migrantes recebiam cestas com menos itens; dinheiro usado incluía itens completamente fora do padrão, como ostras e vieiras

Redação

ANSA ANSA

Vercelli (Itália)
2021-01-15T22:36:00.000Z

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A prefeita da cidade italiana de San Germano Vercellese, Michela Rosetta, e outras sete pessoas foram presas, em regime domiciliar, nesta sexta-feira (15/01) após uma investigação revelar que as cestas básicas dadas pelo governo nacional para ajudar famílias foram dadas a pessoas que não precisavam do benefício.

A política, que pertence ao partido de extrema-direita Liga, e o conselheiro da Prefeitura, Giorgio Carando, são acusados de serem os responsáveis pelo crime, já que eram os dois quem gerenciavam os valores usados para montar as cestas durante a emergência de covid-19.

Entre os outros seis acusados, estão dois empresários, e todos responderão pelos crimes de peculato e falsidade material e ideológica. A prefeita e o assessor ainda são acusados de abuso de ofício em diversos assuntos.

Segundo a investigação da Procuradoria da província de Vercelli, a ajuda alimentar deveria ser destinada às famílias pobres, bem como a idosos não autossuficientes, núcleos familiares de baixa renda ou com filhos menores de idade ou com deficiência, ou ainda estrangeiros em dificuldades. No entanto, ela foi dada também a famílias com renda mensal de mais de 7 mil euros (cerca de R$ 44,5 mil).

Prefeita foi colocada em prisão domiciliar por distribuição irregular das cestas

Os investigadores interceptaram diversas conversas entre os acusados e, especialmente, entre Rosetta e Carando, em que eles falavam em dar as cestas básicas para "filhos e enteados" e que esses últimos mereciam "uma cesta para desafortunados", ou seja, a ajuda era feita de acordo com quem ia receber. Enquanto os mais ricos recebiam produtos melhores, os que realmente precisavam de ajuda recebiam menos itens.

Além da distribuição errada, o procurador David Pretti contesta que o dinheiro usado para a compra de cestas básicas incluía itens completamente fora do padrão, como ostras e vieiras.

Também está sendo investigado que a prefeita negou uma das cestas básicas a uma mulher porque ela era muçulmana e havia pedido que a cesta dela não tivesse itens que ela não consome por motivos religiosos. Conforme a investigação, os documentos da mulher na prefeitura foram rasgados e ela não recebeu mais nenhuma ajuda alimentar desde então.

A pequena San Germano Vercellese tem menos de dois mil habitantes e está localizada na região de Piemonte.

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Eleições 2021 no Peru

Direitista Guillermo Lasso vence segundo turno e é eleito presidente do Equador

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Empresário chega à Presidência do Equador na terceira tentativa, superando o candidato progressista Andrés Arauz, que reconheceu a derrota

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-04-12T02:11:00.000Z

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O direitista Guillermo Lasso, do Movimento CREO venceu neste domingo (11/04) o candidato progressista Andrés Arauz, da coalizão União pela Esperança (Unes) e foi eleito presidente do Equador. Ele assume o cargo em 24 de maio, substituindo o atual mandatário, Lenín Moreno, e fica no posto até 2025. 

Em discurso, Arauz reconheceu a derrota e disse que ligaria para Lasso para parabenizá-lo pela vitória. "A partir de hoje, precisamos voltar a ser um só Equador", disse.

Com o resultado, o banqueiro e empresário chega à Presidência do Equador na terceira tentativa. Lasso foi derrotado pelo próprio Moreno no pleito de 2017, mas se aproximou do governo após a guinada neoliberal do mandatário.

Veja os resultados mais atualizados da apuração no Equador:



Lasso chegou a ser ministro da Economia do país em 1999, quando ocupou o cargo por um mês durante o episódio conhecido como Feriado Bancário, que congelou as contas de milhões de equatorianos, desvalorizou a então moeda nacional e provocou a dolarização da economia. O período foi reconhecido como uma das piores crises financeiras do país.

O presidente eleito é acusado de ter aumentado seu patrimônio em milhões de dólares por especulações financeiras durante o período. Além disso, Lasso apareceu no vazamento dos Panama Papers como dono de 49 empresas offshores.

No primeiro turno, após uma apuração lenta (levou duas semanas) e tensa, Arauz obteve 32,72% dos votos; Lasso, por sua vez, conseguiu 19,74%. A disputa pela segunda vaga foi acirrada, já que Yaku Pérez, do partido indígena Pachakutik, recebeu 19,38% dos votos. Pérez chegou a liderar a disputa pela segunda vaga em momentos da apuração, mas perdeu a vantagem para Lasso na última semana. Com a pequena vantagem de Lasso, mesmo sem apresentar provas, Pérez afirmou que houve fraude nas eleições e pediu diversas recontagens de votos ao CNE.

Em seu discurso de vitória, Lasso agradeceu o apoio dos eleitores. “Este é um dia histórico, um dia que todos os equatorianos decidiram seu futuro, expressaram com seu voto a necessidade de mudança. Quero agradecer aos equatorianos que depositaram em mim sua confiança, que saíram para votar em espírito democrático, que o fizeram em paz, que deram uma mensagem contundente: nos equatorianos queremos democracia, queremos liberdade”, disse.

Casa de América/FlickrCC
Direitista Guillermo Lasso foi eleito presidente do Equador neste domingo

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