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Política e Economia

MP de Cabo Verde pede libertação de empresário aliado da Venezuela

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Processo de extradição aos EUA ainda segue; Alex Saab foi preso a mando da Interpol durante missão diplomática do governo venezuelano

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-01-21T22:25:00.000Z

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O Ministério Público de Cabo Verde pediu nesta quinta-feira (21/01) a soltura do empresário colombiano Alex Saab, preso no país desde junho de 2020.

O MP solicitou a revogação da prisão provisória de Saab e que sejam aplicadas "outras medidas cautelares legalmente previstas", o que pode incluir prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e a necessidade de comparecer regularmente em juízo.

O empresário, que é cidadão colombiano naturalizado venezuelano, viajava em missão diplomática do governo da Venezuela e foi preso no dia 12 de junho pelas autoridades do país africano a mando da Interpol. A detenção foi realizada durante uma parada técnica do avião que o transportava. Para juristas, a detenção foi ilegal, já que Saab estava viajando em nome da Venezuela.

Os Estados Unidos acusam Saab de lavagem de dinheiro em uma operação realizada pelo empresário de compra de alimentos no exterior para as lojas Clap, que fazem parte da rede de abastecimento alimentar da Venezuela. Há acusações contra Saab também na Colômbia. Além disso, o cidadão naturalizado venezuelano foi alvo de sanções por parte do governo norte-americano em 2019 e teve alguns bens congelados.

Reprodução/PGR Cabo Verde
Alex Saab foi preso a mando da Interpol durante missão diplomática do governo venezuelano

O governo dos Estados Unidos entrou com um pedido de extradição de Saab que já foi autorizado pela Justiça de Cabo Verde. Entretanto, segundo o MP, o prazo da prisão provisória do empresário expirou e ele deve aguardar em liberdade o julgamento de recursos referentes a sua extradição.

Em entrevista a Opera Mundi em julho, o jurista brasileiro Pedro Serrano afirmou que a extradição de Saab aos EUA seria ilegal e sua prisão poderia ser considerada "um sequestro".

"Em uma missão diplomática, o avião é um pedaço da nação venezuelana. A prisão de um representante diplomático é absolutamente irregular. É um sequestro. As autoridades de Cabo Verde deveriam ter deixado o avião abastecer e prosseguir. Não é um fator político. Eu sou crítico ao governo da Venezuela, mas isso é um fator de soberania", disse Serrano.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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