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Política e Economia

Crise na Itália: premiê anuncia que vai renunciar nesta terça

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Premiê tem expectativa de que presidente italiano lhe dê mandato para formar um novo governo com apoio mais amplo no Parlamento

Redação

ANSA ANSA

Roma (Itália)
2021-01-25T19:42:00.000Z

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O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, apresentará sua renúncia ao presidente Sergio Mattarella na manhã desta terça-feira (26/01), após participar de um Conselho de Ministros às 9h (horário local) para comunicar sua decisão.

"O Conselho de Ministros reúne-se amanhã de manhã às 9 horas, durante o qual o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, comunicará aos ministros a sua vontade de ir ao Quirinale para anunciar a sua demissão", diz uma nota oficial do Palazzo Chigi.

Segundo fontes políticas, o premiê italiano tem expectativa de que Mattarella lhe dê mandato para formar um novo governo com apoio mais amplo no Parlamento, já que a base aliada atual ficou enfraquecida depois da saída do partido Itália Viva (IV) da coalizão.

A legenda do ex-premiê Matteo Renzi rompeu com o governo por discordar de suas políticas para a utilização de recursos da União Europeia no pós-pandemia, especialmente a recusa ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), instrumento de socorro a nações em dificuldade na eurozona.

Apesar de perder a maioria absoluta no Senado, Conte recebeu o voto de confiança para se manter no poder. Ele, porém, tinha como objetivo ampliar sua bancada, mas as negociações com partidos centristas não fluíram.

Reprodução
Apesar de perder a maioria absoluta no Senado, Conte recebeu o voto de confiança para se manter no poder

Nos últimos dias, o primeiro-ministro se viu pressionado pela própria aliança - como o Partido Democrático (PD) - para renunciar e tentar formar um novo governo, principalmente depois que políticos afirmaram que ele enfrentaria uma derrota no Parlamento sem uma reforma. A primeira delas seria na votação dessa semana sobre a gestão do ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, que é alvo de críticas.

Logo depois do anúncio, o Movimento 5 Estrelas (M5S) afirmou que a renúncia "é inevitável e é o único resultado desta crise perversa". Segundo nota dos líderes da Câmara e do Senado do M5S Davide Crippa e Ettore Licheri, respectivamente, a medida é um passo necessário para ampliar a maioria.

"Continuamos ao lado de Conte, continuaremos a cultivar exclusivamente o interesse dos cidadãos, pretendemos sair desta situação de incerteza que não ajuda o mais rápido possível", afirmaram, ressaltando que o governo precisa seguir para se recuperar e com o plano de vacinação. "O Movimento está aí, está pronto para fazer a sua parte".

O ex-premiê e líder do Força Itália Silvio Berlusconi, por sua vez, afirmou que "não há negociações em curso" para apoiar o atual governo. Para ele, "o caminho principal é um só: ceder à sabedoria política e autoridade institucional do Chefe do Estado para indicar a solução da crise, através de um novo governo que represente a unidade substancial do país num momento de emergência ou para devolver a palavra aos italianos".

"Espero que o primeiro-ministro tenha consciência da inevitabilidade deste caminho", finalizou Berlusconi, defendendo um novo governo ou a convocação das eleições.

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Política e Economia

Guaidó é acusado de pedir desbloqueio de US$ 53 milhões aos EUA para governo paralelo

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Valor seria 'orçamento anual' do gabinete do líder opositor, denuncia Jorge Rodríguez, presidente do Poder Legislativo

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

Caracas (Venezuela)
2021-04-13T22:50:00.000Z

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, denunciou nesta terça-feira (13/04) que o ex-deputado Juan Guaidó pode desbloquear US$ 53, 2 milhões (cerca de R$265 milhões) nos Estados Unidos para manter a estrutura do governo paralelo. 

Segundo Rodríguez, Guaidó e seus aliados enviaram um orçamento anual ao Escritório de Controle de Bens Estrangeiros (OFAC - sigla em inglês), unidade do Departamento do Tesouro, que libera os dólares diretamente das contas venezuelanas em bancos nos EUA.

O montante seria dividido entre o gabinete da presidência de Guaidó, os seus escritórios de Assuntos Exteriores, deputados da antiga Assembleia Nacional, que seriam parte do seu “Conselho Administrativo”, e o canal TV Capitólio, responsável por cobrir atividades da oposição.

Somente para gastos pessoais do ex-deputado Juan Guaidó teriam sido indicados US$ 2 milhões. Os repasses atingem membros dos quatro maiores partidos da oposição, chamado G4: Vontade Popular, Primeiro Justiça, Ação Democrática e Um Novo Tempo.

Com base em gravações telefônicas do ex-deputado Sergio Vergara, assessor de Guaidó, a AN pode ter acesso aos detalhes do esquema de desvio de dinheiro público venezuelano.

Vergara foi um dos assessores de Guaidó que assinou o contrato com a empresa militar Silverscorp para colocar em prática a Operação Gedeón – tentativa de invasão paramilitar de maio de 2020.

Desde 2019, a Casa Branca reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela, deixando sob sua responsabilidade o gerenciamento dos ativos públicos venezuelanos nos Estados Unidos, incluindo a maior empresa pública da Venezuela no exterior: Citgo Petroleum, filial da Pdvsa. 

A Citgo é avaliada em US$ 7 bilhões e tem uma capacidade de refino de 759 mil barris de petróleo anualmente.  Entre 2015 e 2017, teve um lucro de cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 10 bilhões). No esquema revelado por Jorge Rodríguez, a diretoria da Citgo teria acesso a US$ 1,15 milhão do orçamento.

Presidente da AN apresentou detalhes do esquema de desvio do dinheiro público venezuelano por parte da oposição aliada a Guaidó

O valor depositado nas contas dos opositores deveria servir para pagar gastos com transporte, alimentação, segurança e seus salários, como assessores políticos nomeados pelo autoproclamado Guaidó. 

"Esse dinheiro tem servido para comprar suas mansões em Miami. Roubar é a única atividade na qual Guaidó teve êxito", declarou o presidente do Legislativo.  

Neste ano, a OFAC solicitou ao setor guaidosista recortar o "orçamento" e este seria o motivo da reunião liderada por Vergara, que detalhou o passo a passo do repasse do dinheiro no exterior à oposição.   

Em resposta ao pedido do Departamento do Tesouro, Guaidó teria encerrado o programa "Heróis da Saúde", criado em 2020, para oferecer um bônus de US$ 100 como recompensa aos profissionais que trabalham no combate à pandemia na Venezuela. 

"Eles se roubam entre eles mesmos", acusa Rodríguez e aponta que, neste momento, há uma disputa dentro da oposição venezuelana entre Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Vontade Popular, contra Júlio Borges (Primeiro Justiça) e Henry Ramos Allup (Ação Democrática), para liderar o bloco opositor de extrema-direita e ter prioridade no acesso aos recursos financeiros. 

A Venezuela denuncia que possui US$ 7 bilhões bloqueados em entidades bancárias nos Estados Unidos e na União Europeia.

O governo venezuelano denuncia que Guaidó não cumpre com acordos assinados no ano passado para o desbloqueio de parte do dinheiro público que seria destinado para um fundo de combate à pandemia, gerenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Na última semana, Guaidó conseguiu sacar cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 150 milhões) dos fundos depositados em Londres para cobrir gastos pessoais, mas se negou a liberar as reservas de ouro venezuelano retidas no Banco da Inglaterra.

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