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Política e Economia

Bolívia devolve ao FMI empréstimo milionário feito por governo golpista

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Administração de Lucho Arce devolveu ao órgão US$ 351 mi e anunciou que vai processar responsáveis por tomar empréstimo durante governo de facto de Jeanine Áñez

Redação

Télam Télam

Buenos Aires (Argentina)
2021-02-18T12:54:00.000Z

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A Bolívia devolveu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um empréstimo milionário contraído em 2020 para (segundo o governo golpista de Jeanine Áñez), combater o coronavírus, anunciou o Banco Central da Bolívia (BCB), que denunciou as imposições do organismo internacional.

“O BCB, como agente financeiro do governo, em defesa da soberania econômica do país e após realizar os trâmites administrativos necessários junto ao credor, fez o pagamento total de US$ 351,5 milhões”, disse o órgão emissor.

Os US$ 351,5 milhões (cerca de R$ 1,9 bilhão) correspondem aos US$ 327,2 milhões (quase R$ 1,8 bi) acordados em abril de 2020 pela presidente de facto de direita Jeanine Áñez, além de outros US$ 24,3 milhões (R$ 131 mi), a título de variação cambial e juros e comissões.

O BCB explicou nesta quarta (17/02) à noite que "fez a devolução" por diversos motivos, entre eles o fato de o empréstimo ser "oneroso" e "efetuado irregularmente" pelo governo golpista de Áñez, que substituiu o ex-presidente Evo Morales em novembro de 2019, no meio de uma revolta.

ABI
Banco Central da Bolívia devolveu ao FMI empréstimo contraído por Jeanine Áñez

A entidade bancária boliviana também afirmou em seu comunicado que fez uma análise do crédito financeiro e que determinou que o FMI condicionou sua ajuda "a uma série de imposições fiscais, financeiras, cambiais e monetárias", sem dar maiores detalhes.

O BCB, que se reporta ao Executivo, também anunciou que vai entrar com ações cíveis e criminais contra os agentes governamentais responsáveis por administrar o apoio financeiro do FMI, informou a agência de notícias AFP.

Depois de concordar com o empréstimo em abril de 2020, o governo de facto enviou uma lei ao Parlamento para aprovação do crédito, mas o Congresso, controlado pelo partido de Morales, o Movimento pelo Socialismo (MAS), o rejeitou.

O MAS argumentou então que a documentação exigida não havia sido enviada ao Congresso. Morales se distanciou do FMI durante seus 14 anos de mandato (2006-2019) e rejeitou qualquer crédito.

O porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse em junho passado que o crédito para apoiar o balanço de pagamentos da Bolívia era "transparente".

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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