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Política e Economia

‘Para recuperar o legado de Lula, somente com uma Constituinte’, diz Rui Falcão

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Em entrevista a Breno Altman, dirigente petista defendeu uma frente de esquerda para as eleições de 2022. Assista, na íntegra, o vídeo do sexto encontro na série com ex-presidentes do PT.

Camila Alvarenga

Madri (Espanha)
2021-02-24T16:15:00.000Z

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No programa 20 MINUTOS desta segunda-feira (24/02) o mais longevo dos presidentes do Partido dos Trabalhadores e atual deputado federal por São Paulo, Rui Falcão, falou em entrevista a Breno Altman sobre a necessidade de se convocar uma Assembleia Constituinte para resgatar o legado de Lula.

Defendeu que processo constituinte deveria ser impulsionado por um novo governo de esquerda, "para que se possa retomar um legado que foi desmontado”. A Constituinte, para ele, deveria ser exclusiva, para evitar que os parlamentares a contaminem com seus próprios interesses.

Assista à entrevista na íntegra:



Rui Falcão também afirmou ser a favor da formação de uma frente de esquerda. Ele não desconsiderou, contudo, trazer setores do centro para essa frente: “Mas em vez de a esquerda se dirigir para o centro, o centro deve ser puxado para a esquerda”.

Nesse sentido, Rui Falcão avaliou como positiva a estratégia de Fernando Haddad, “bloco na rua”, para retomar o contato com a militância, mas reforçou que a prioridade do PT deveria visar a aliança com outras forças políticas progressistas, “sem preocupação inicial com candidaturas”, mas lutando pela anulação das sentenças contra Lula e pelo seu direito de se candidatar.

Também foi enfático em favor de um programa de reformas estruturais a ser construído de comum acordo pelos partidos de esquerda, de caráter "democrático, anti-monopolista e anti-imperialista". 

Trajetória do PT

Rui Falcão relembrou o 5o Encontro Nacional do PT, em 1987, quando, segundo ele, o partido definiu por primeira vez quais eram as alianças necessárias e o programa que poderia unificá-las. 

Ao percorrer a história do partido, destacou a mudança política ocorrida a partir de 1995 e consolidada com a Carta ao Povo Brasileiro, de 2002, que levaram à ampliação dessas alianças e  à moderação do programa, ressaltando que essa orientação permitiu resultados eleitorais vitoriosos, mas com danos estratégicos.  

“O 5º Encontro Nacional afirmava que o poder não apenas se toma, se constrói. Ser governo para ser poder. Mas fomos governo sem procurar sem poder. Atuamos dentro do aparato institucional, mas não atuamos para constituir uma nova ordem. Nos entregamos à institucionalidade sem realizar rupturas”, ponderou. 

Golpe de 2016

Segundo Rui Falcão, principalmente depois do Golpe de 2016 se tornou necessário para o PT rever sua estratégia. Para ele, o PT se iludiu com o compromisso democrático da burguesia e das Forças Armadas: “a gente achava que a democracia ia sempre num caminho linear, sem retrocessos". 

Somado a isso, explicou que o PT abandonou o trabalho de base, afastando-se dos movimentos sociais. “Como nós nos dedicamos muito a governar e pouco a realizar trabalho de base, quando o golpe veio a resistência foi quase nula”, afirmou.

“Hoje vivemos sob uma tutela militar do Estado. Como parte da ilusão que vivíamos de que a democracia era algo já firme no nosso país, reaparelhamos as Forças Armadas [durante os governos do PT], mas sem retirar todos os valores imbricados desde o golpe de 1964. O nosso erro maior foi pensar que vivemos num estado neutro, não num estado de classe”, concluiu.

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Notas internacionais

Notas internacionais: eleições no Equador e no Peru - 12 de abril de 2021

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Equador e Peru foram às urnas eleger seus novos presidentes, com resultados que surpreenderam

Ana Prestes

Brasília (Brasil)
2021-04-12T22:11:48.000Z

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EQUADOR: No Equador, o candidato da direita, Guilherme Lasso, do movimento Criando Oportunidades (CREO), em aliança com o Partido Social Cristão (PSC), venceu o segundo turno das eleições presidenciais com 52,5% dos votos contra 47,50 de Arauz. Havia muita expectativa em torno da candidatura do economista Andrés Arauz, que pontuava na dianteira nas pesquisas durante quase todo o período de campanha do segundo turno que durou dois meses. Nos dias que antecederam o domingo eleitoral (11) as pesquisas já apontavam perda de fôlego de Arauz e subida de Lasso. De todo modo, as pesquisas de boca de urna davam vitória apertada para Arauz. A Cedatos chegou a dar 53,2% a 46,7%. 

Lasso é um homem de 65 anos, historicamente vinculado ao setor financeiro, em especial ao Banco de Guayaquil, tendo sido ministro da economia do governo de Jamil Mahuad (1998-2000). Esta é a terceira vez que ele concorre à presidência do Equador (2013, 2017, 2021). Nas eleições anteriores ele ficou em segundo lugar. Um dos fatores que impactou muito no resultado eleitoral foi o fracionamento do movimento indígena. A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE) decidiu em seu conselho ampliado, no dia 10 de março, pelo voto nulo. No entanto, uma parte das nacionalidades amazônicas divergiram e foram acompanhadas do presidente da Conaie, Jaime Vargas, na declaração de apoio a Arauz. Vargas chegou a dizer em um encontro no dia 3 de abril, em Sucumbíos, que “suas propostas (de Arauz) têm o respaldo absoluto do movimento indígena”. No dia 4 de abril veio a reação do conselho dirigente da Conaie ao dizer que ia “impulsionar o voto nulo” e que “não cai em jogo eleitoral”. A apuração está apontando para um milhão e seiscentos mil votos nulos. O universo de votantes é de 13 milhões. (Com infos de resumenlatinoamericano.org)

PERU: O domingo também foi de eleições no Peru. Uma eleição que era extremamente imprevisível, com 18 candidatos concorrendo, teve um resultado de primeiro turno surpreendente. O candidato Pedro Castillo, professor e sindicalista, do Partido Político Nacional Peru Livre, obteve a maior votação, com 16%. Seguido de três candidatos com pouco mais de 10%: Hernando de Soto (Avança País), Keiko Fujimori (Força Popular), Jonhy Lescano (Ação Popular) e Rafael López Aliaga (Renovação Popular). Veronika Mendoza (Juntos por Peru) pontua com 8,8%. Aquele que apontou por um tempo como primeiro colocado nas pesquisas, o jogador de futebol George Forsyth (Vitória Nacional) está com 6,4%. Esses ainda são dados preliminares da Ipsos Perú para a América Televisión. 

Pedro Castillo tem 51 anos e ganhou notoriedade no país ao encabeçar uma prolongada greve nacional do magistério em 2017 e ao longo da campanha nunca pontuou entre os prováveis mais votados nas pesquisas. Uma de suas propostas é trocar a atual Constituição do país convocando uma Assembleia Constituinte. Ele se posicionou nas eleições contra o recorte de gênero no currículo escolar e disse que em um eventual governo seu não se legalizaria o aborto, o casamento homoafetivo e a eutanásia. Pautas polêmicas no país. Propõe ainda 10% do PIB para saúde e educação. As últimas pesquisas apontavam para uma liderança de Lescano. O segundo turno será em 6 de junho e o novo presidente assume em 28 de julho. Os peruanos também votaram ontem (11) para renovar o Congresso, que é unicameral e possui 130 cadeiras. A tendência é de que a votação para o parlamento tenha sido fragmentada e atomizada tal como a presidencial. O Peru vive uma crise institucional prolongada, sendo que dos dez presidentes que o país teve desde os anos 80, sete foram presos nos últimos anos envolvidos em escândalos de corrupção.

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