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Política e Economia

Príncipe herdeiro saudita é denunciado na Alemanha por crimes contra a humanidade

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Denúncia foi feita por ONG e apresentada em tribunal alemão sob jurisdição universal; Bin Salman é acusado de autorizar assassinato de Jamal Khashoggi

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T12:30:00.000Z

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O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, foi denunciado na Alemanha por crimes contra a humanidade. A ação foi apresentada pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que o acusa de ter "responsabilidade" no assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, morto em 2018 na Turquia.

A denúncia foi apresentada nesta segunda-feira (01/03) ao procurador-geral da Corte Federal de Justiça de Karlsruhe, competente nos "principais crimes internacionais", e acusa o príncipe saudita de "perseguição generalizada e sistemática dos jornalistas". 

Na última sexta-feira (26/03), os serviços de informação norte-americanos publicaram um relatório no qual afirmam que o príncipe "validou a operação em Istambul para a captura e o assassinato do jornalista" em 2018. O governo saudita negou as acusações dos Estados Unidos, qualificando o relatório como "inexato".

Na denúncia apresentada pela RSF, o príncipe herdeiro aparece como suspeito "de ter ordenado diretamente o assassinato" de Khashoggi. A entidade acusa ainda o antigo "conselheiro próximo" do príncipe, Saud al-Qahtani, o "ex-diretor-adjunto da inteligência" Ahmed al-Assiri, assim como Mohammed Al-Otaibi, ex-cônsul geral em Istambul, e Maher Mutreb, "oficial da inteligência" à frente da "equipe que torturou e matou" o colunista do Washington Post.

A queixa detalha ainda abusos cometidos contra 34 jornalistas presos, 33 dos quais, como o blogueiro Raif Badawi, ainda estão detidos. A Arábia Saudita é o segundo país no mundo com mais jornalistas presos, atrás apenas da China (117), segundo a RSF.

Wikicommons
Denúncia foi feita pela ONG Repórteres Sem Fronteiras e apresentada em tribunal na Alemanha sob jurisdição universal

Tortura, violência e rapto

"Tortura", "violência" e "coerção sexual", "desaparecimento forçado", "privação ilegal da liberdade física". Essas são algumas das práticas do governo saudita contra jornalistas e descritas pela ONG como "crimes contra a humanidade". Com esta ação, a RSF espera que seja aberta uma investigação internacional sobre a perseguição à imprensa na Arábia Saudita.

A denúncia foi apresenta ao sistema judicial alemão sob a jurisdição universal que permite que um Estado processe os autores de crimes graves, independentemente de sua nacionalidade e de onde foram cometidos.

Assassinato em 2018

Depois de ter estado próximo ao governo saudita, Jamal Khashoggi era um crítico do poder e escrevia para o Washington Post. Residente nos Estados Unidos, ele foi assassinado em 2 de outubro de 2018 no consulado de seu país em Istambul por agentes da Arábia Saudita. Seu corpo, desmembrado, nunca foi encontrado.

Depois de negar o assassinato por meses, o governo saudita acabou dizendo que foi cometido por agentes sauditas agindo sozinhos. Após um julgamento sem transparência na Arábia Saudita, cinco sauditas foram condenados à morte e outros três a penas de prisão. Desde então, as sentenças de morte foram comutadas.

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Política e Economia

Após receber carta de Bolsonaro, EUA pedem que Brasil adote “medidas imediatas” contra desmatamento

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Principal representante da Casa Branca saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal no Brasil; cacique Raoni disse que são mentirosas

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-04-16T22:40:00.000Z

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O governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira (16/04) à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O principal representante da Casa Branca sobre questões ambientais saudou as promessas de luta contra o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030, mas pediu que iniciativas com resultados concretos sejam implementadas imediatamente.

"O fato de o presidente Bolsonaro ter confirmado o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal é importante", disse o enviado especial de Joe Biden para a diplomacia climática, John Kerry. “Esperamos medidas imediatas e um diálogo com as populações indígenas e a sociedade civil para fazer com que esse anúncio se traduza em resultados concretos”, insistiu o representante de Washington em uma postagem nas redes sociais.

Na quinta-feira (15/04), a Presidência brasileira divulgou uma carta de sete páginas, antes da cúpula dos Chefes de Estado sobre a mudança climática que acontecerá em 22 de abril, na qual Bolsonaro diz estar disposto a trabalhar para cumprir as metas ambientais do país no Acordo de Paris e, para isso, pede recursos da comunidade internacional. "Queremos reafirmar nesse ato (...) o nosso inequívoco compromisso em eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030", dizia a texto.

O cacique Raoni, internacionalmente conhecido pela sua luta em defesa da preservação da Amazônia, chegou a reagir publicamente à carta de Brasília pediu ao presidente dos Estados Unidos para ignorar a promessa de Bolsonaro.

"Ele tem dito muitas mentiras", disse o líder indígena no vídeo divulgado pelo Instituto Raoni nesta sexta-feira. "Se este presidente ruim falar alguma coisa para o senhor, ignore-o (...). Ele [Bolsonaro] está querendo liberar o desmatamento nas nossas florestas, incentivando invasões nas nossas terras", acrescentou.

U.S. Department of State
Governo dos Estados Unidos respondeu nesta sexta-feira à carta enviada na véspera pelo presidente brasileiro

Biden cogitou sanções econômicas antes de ser eleito

A política ambiental do governo Bolsonaro é frequentemente criticada pelos ecologistas, mas também por vários líderes internacionais. O Brasil já foi alvo de medidas de retaliação no exterior, na tentativa de chamar a atenção para a situação na Amazônia.

Do lado dos líderes mundiais, o presidente francês Emmanuel Macron já criticou abertamente a posição de Brasília sobre a preservação do meio ambiente desde que Bolsonaro chegou ao poder. Em setembro passado, antes de ser eleito, Biden também cogitou a imposição de sanções econômicas contra o Brasil se não houvesse uma desaceleração do desmatamento.  

Muito mais próximo dos ex-presidente norte-americano Donald Trump que do atual governo democrata dos Estados Unidos, Bolsonaro informou que pretende participar da cúpula virtual sobre o clima organizada por Biden na semana que vem. Cerca de 40 liderem mundiais devem marcar presença no evento.

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