Alvo de protestos, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, anunciou nesta quinta-feira (18) um acordo para realizar eleições legislativas antecipadas em 20 de junho.
Em comunidado, o premiê disse que a data foi definida em negociações entre a oposição e o presidente Armen Sarkissian, e que o pleito é o “melhor caminho” para pôr fim à crise política no país.
Pashinyan está sob pressão desde o fim do ano passado, quando assinou um cessar-fogo com o Azerbaijão para encerrar os conflitos em Nagorno-Karabakh.
A oposição diz que a trégua foi uma “humilhação nacional” para a Armênia, que foi forçada a entregar partes do território ao país vizinho e a permitir que forças de paz da Rússia se deslocassem à região.
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Primeiro ministro é alvo de pressão desde que assinou cessar-fogo com o vizinho Azerbaijão
Nagorno-Karabakh pertence oficialmente ao Azerbaijão, mas é habitada majoritariamente por grupos de etnia armênia, e a capital Yerevan controlou de fato o território durante cerca de três décadas. O conflito no fim do ano passado deixou aproximadamente 6 mil mortos, contando as baixas dos dois lados.
A pressão sobre Pashinyan aumentou no fim de fevereiro, após o Estado-Maior das Forças Armadas pedir a renúncia do governo, acusando-o de “incapacidade” de tomar decisões adequadas. O premiê, por sua vez, denunciou uma tentativa de golpe e convocou seus apoiadores às ruas.